Foto: Reprodução/Poder Geledés
Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que as mulheres negras têm maior risco de sofrer violência física e sexual no Brasil do que as mulheres brancas.
Segundo os dados, 45% das mulheres negras afirmam que já foram vítimas de algum tipo de agressão na vida, contra 36,9% das brancas. Além disso, 6,3% das negras relatam ter sido espancadas, enquanto 3,6% das brancas passaram por essa situação.
A violência contra as mulheres negras também se manifesta nos casos de feminicídio e estupro. De acordo com o relatório da Anistia Internacional, 62% das mulheres assassinadas por questões de gênero no Brasil em 2020 eram negras.
Já o Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que a chance de uma mulher negra ser estuprada é 11,3% maior do que uma mulher branca. Entre as vítimas de estupro com até 13 anos, quase metade eram crianças negras.
Esses números revelam o racismo estrutural que afeta a população negra no país, especialmente as mulheres. A falta de políticas públicas efetivas para proteger a vida e os direitos das mulheres negras contribui para a perpetuação da violência e da desigualdade.
É preciso que o Estado e a sociedade se comprometam com o enfrentamento do racismo e do machismo, garantindo às mulheres negras o acesso à educação, à saúde, à segurança e à justiça.
Comentários estão fechados.