O Ministério da Educação (MEC) pretende utilizar o aplicativo WhatsApp para coletar a opinião de 100 mil estudantes sobre o novo ensino médio, que enfrenta críticas e pressão por uma revogação.
Com 7,9 milhões de matrículas no ensino médio no Brasil, o MEC também planeja realizar audiências públicas presenciais, embora não em todos os estados.
A consulta pública para a avaliação e reestruturação do novo ensino médio foi instituída em 8 de março, mas até agora não houve escuta de estudantes, professores ou secretarias.
O prazo para realizar atividades públicas é de 90 dias, contados a partir do início de março. O MEC ainda não divulgou informações oficiais sobre o processo.
Diante do aumento das críticas de educadores e estudantes, o governo decidiu suspender o cronograma de implementação do novo ensino médio e alterações previstas para o Enem de 2024. Essa suspensão vale até 60 dias após o fim da consulta.
A reforma do ensino médio reestruturou a grade curricular, dividindo-a em disciplinas optativas organizadas dentro de grandes áreas do conhecimento, os chamados itinerários formativos, que correspondem a 40% da carga horária. As disciplinas tradicionais são limitadas a 60% do currículo.
Os principais problemas enfrentados pelos estudantes incluem perda de tempo de aula em disciplinas tradicionais e falta de opções para escolher os itinerários formativos. A suspensão do cronograma interrompe as alterações previstas para o Enem em 2024, que se adequaria ao novo ensino médio.
Foto: Arquivo-Agência Brasil
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