Conselheiro tutelar investigado por participação em atos do 8 de Janeiro retorna ao trabalho, em Maringá

Jesiel Carrara, que está sendo investigado em inquérito do Ministério Público do Paraná, retornou aos trabalhos no Conselho Tutelar Zona Norte nessa segunda-feira (6)

  • Jesiel Carrara, que está sendo investigado em inquérito do Ministério Público do Paraná, retornou aos trabalhos no Conselho Tutelar Zona Norte nessa segunda-feira (6)

    Por Victor Ramalho

    O conselheiro tutelar Jesiel Carrara, investigado por participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, em Brasília, retornou ao trabalho nessa segunda-feira (6), no Conselho Tutelar Zona Norte, em Maringá.

    A informação foi confirmada por uma fonte ao Maringá Post. Carrara havia solicitado afastamento para cuidar de problemas de saúde e apresentou um atestado médico no dia 14 de fevereiro, válido por 20 dias. O atestado venceu nessa segunda-feira (6).

    Atualmente, o conselheiro é investigado em um inquérito do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que apura a conduta do agente público durante a participação nos atos do dia 8 de janeiro.

    A ação foi protocolada na Justiça no dia 10 de fevereiro e tramita em segredo de Justiça na Vara da Infância e da Juventude de Maringá. Conforme apurado pela reportagem, o MP pede o afastamento do agente do cargo de conselheiro tutelar, além de que a Justiça o declare inelegível para as próximas eleições do Conselho em Maringá.

    No dia 8 de janeiro, durante os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Carrara chegou a publicar um vídeo na rede social TikTok, onde convocava “patriotas de todo o Brasil” para a manifestação. Desde o ocorrido, o conselheiro tutelar pediu dois atestados médicos para tratar questões psiquiátricas e estava afastado das funções desde então. No período, ele foi substituído pela primeira suplente Lúcia Catto.

    A reportagem do Maringá Post não conseguiu contato com Jesiel. O agente, por sua vez, publicou uma nota oficial em suas redes sociais no domingo (5), afirmando que esteve em Brasília na condição de “Evangelista da Fé Cristã”, que o movimento do qual fazia parte era “pacífico” e que “reprova qualquer ato de vandalismo”. Ele também afirma que não se manifestou anteriormente “devido à condições de saúde”.

    Foto: Reprodução/TikTok

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