Agricultor de São Jorge do Ivaí dá exemplo em rally de produtividade

Fábio Deganutti chegou ao lugar em 1951, trazido pela família com a idade de seis anos, vindo de São Martinho, distrito de Rolândia.

  • Terra de fertilidade generosa e rica em oportunidades. Assim é o município de São Jorge do Ivaí, a 50 quilômetros de Maringá, onde famílias enxergaram seu futuro e cresceram à custa de muito trabalho e perseverança.

    Paulista de Pirajuí (SP), Fábio Deganutti chegou ao lugar em 1951, trazido pela família com a idade de seis anos, vindo de São Martinho, distrito de Rolândia, onde o pai Palmiro havia tido um açougue. “Isso aqui era tudo mato”, recorda-se.

    Com a cidade tomando forma, ele foi crescendo e começou a trabalhar cedo, carregando sacos numa máquina de café, onde depois, seria promovido a recebedor. Mais tarde, abriu uma cerealista e foi comerciante de secos e molhados.

    Os tempos do desbravamento da região não eram nada fáceis. A Cia Melhoramentos, que negociava as terras, abria picadas no mato e os produtores, em mutirão, é que cuidavam dessas estradinhas, o único meio de acesso. Se houvesse um rio, seria preciso colocar pinguelas para a passagem do veículo. A maioria se deslocava em carroça, quem podia comprava um jipe e os mais abastados andavam de Rural Willys. Quando chegava um mascate, a família do sítio aproveitava para comprar logo um rolo de pano para confeccionar as roupas – iguais para todos de casa. “Eu cheguei a usar, por muito tempo, camisa feita com tecido de saco de açúcar”, recorda-se.

    Casado em 1970 com Maria Aparecida, Fábio tinha o sonho de investir em terras e só conseguiu adquirir o primeiro lote, uma pequena área, em 1975. Segundo ele, depois da geada negra ocorrida naquele ano, que acabou com os cafezais, a região sofreu um baque. “São Jorge tinha de 33 para 34 mil habitantes e o distrito de Copacabana uns 8 mil”, cita. No Copacabana havia de tudo, exceto banco, e o Expresso Planeta mantinha uma linha regular com três ônibus que pernoitavam no distrito. A geada causou um intenso êxodo populacional e algumas famílias queriam se desfazer de suas terras para irem embora. Fábio conta que as pessoas não avaliavam a excelência das terras que tinham em mãos e faziam qualquer negócio. “Quando acabou o café, acabou o mundo para aquela gente”. Assim, atento às oportunidades, ele canalizava investimentos para a aquisição de terras, inclusive em outros municípios, sempre sabendo escolher bem, tendo deixado o comércio em 1981 para se dedicar exclusivamente à agricultura.

    Assim, a soja avançou na terra roxa, principalmente depois que a Cocamar implantou sua unidade ali, em 1976. Fábio vendeu as propriedades que tinha em outros municípios para concentrar os negócios em São Jorge, na região do Copacabana, onde a atividade é conduzida em gestão compartilhada por ele, o filho Rony, e os netos Matheus e Douglas.

    Fábio e Maria Aparecida, além de Rony, são pais de Sandra e Adriana. “Uma família tradicional e de referência na região, que trabalha com as melhores tecnologias e tem sua história muito ligada à Cocamar”, afirma o gerente da Unidade local, Bernélio José Orsini.

    Acompanharam o Rally, na visita aos Deganutti, Laiane Zago Ambrósio, gerente de Negócios Agro, e Ana Jaqueline Wenzel, assistente de Negócios Agro, ambas da agência do Sicredi Dexis em São Jorge do Ivaí.

    São patrocinadores do Rally, em sua oitava edição: Fertilizantes Viridian, Basf, Nissan Bonsai Motors e Sicredi Dexis (principais), Cocamar Máquinas/John Deere, Lubrificantes Texaco, Estratégia Ambiental e Irrigação Cocamar, com o apoio do Cesb, Unicampo e Aprosoja/PR.

    Foto: Divulgação 

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