O Setembro Amarelo tem sido um instrumento importante de conscientização sobre o suicídio.
Atualmente, no Brasil, uma pessoa se suicida a cada 45 minutos. Estima-se que, para cada suicídio, existam pelo menos outras 20 tentativas.
As causas do suicídio são multifatoriais. Não se pode falar, por exemplo, que a depressão seja a única causa. Há muitas outras.
Pesquisadores históricos – como um dos pais da Sociologia, o francês Émile Durkheim – já apontavam que o suicídio, embora seja um fenômeno individual, também é social e, por isso, sofre os efeitos da cultura de um povo.
Nesta entrevista exclusiva, o professor e pesquisador Paulo Vitor Navasconi, psicólogo e docente da UniCV, destaca a relação existente entre o racismo e o suicídio. E, por considerar o ambiente social e cultural, também trata das questões de gênero entre as causas do suicídio.
Autor do livro “Vida, adoecimento e suicídio”, em que trata do racismo, especialmente dos jovens negros(as) LGBTTIs, Navasconi ressalta que o racismo não é a causa em si do suicídio entre negros, mas contribui para o desejo de morte.
Citando uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, em 2018, Navasconi lembra que de cada dez jovens que tentaram o suicídio, seis eram negros.
Segundo ele, a exclusão e a invisibilidade são fatores importantes no adoecimento emocional.
Ainda na entrevista, o pesquisador conta que, quando atuava no consultório, recebia muitos pacientes que não queriam morrer, mas tinham ideias suicidas e apresentavam, principalmente, os chamados “3 D´s” – desespero, desesperança e desamparo. Essas são três reações emocionais importantes para serem consideradas como fatores para o suicídio.
Para assistir a entrevista completa, clique aqui.
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