Quem sofre com doenças reumáticas, sofre mais nos dias frios?

  • O “Papo de Especialista” desta quinta-feira recebe a médica reumatologista, Dra. Ana Luisa Berti Sella, professora do curso de Medicina da PUC Londrina.

    Por que quem sofre de doenças reumáticas sofre mais no frio?

    A percepção da piora da dor acontece no frio, por conta da contração. Os vasos periféricos ficam mais estreitos, e o tecido, músculos e tendões se contraem em consequência das baixas temperaturas, para armazenarem o máximo possível de calor. Isso acontece com todas as pessoas, mas sim, pacientes reumáticos sentem mais dor no frio.

    As nossas extremidades corporais, mãos, pés, orelhas e nariz costumam doer em um geral no frio, pois são lugares mais difíceis do nosso sangue chegar.

    As articulações, os músculos, o nosso corpo está todo unido, e quando tudo se contrai, as articulações sofrem, e sofrem ainda mais quando existe alguma alteração prévia, como por exemplo pessoas com pinos nos ossos por conta de fraturas.

    Além de tudo, no inverno, temos a tendência de nos exercitar menos, de nos movimentar menos, o que atrapalha a melhora das dores, já que a atividade física  alonga e estimula o calor do corpo.

    Dicas, principalmente para pacientes que sentem mais as “dores do frio”, para aliviar:

    • Se aquecer, utilizar roupas quentes e adequadas para o clima;
    • Tomar banho com a água mais quentinha/morna;
    • Utilizar bolsas térmicas;
    • Realização de atividade física;

    Atividades físicas para doentes reumáticos: atividades físicas indicadas pelo médico que já acompanha o paciente.

    Dra. Ana ressaltou sobre uma doença reumática chamada “Fenômeno de Raynaud”. Como ela explicou no vídeo, essa doença é mais comum do que imaginamos, e é uma condição que piora muito em climas frios, portanto portadores desse fenômeno devem redobrar os cuidados no inverno.

    A reumatologista também alertou sobre o perigo da automedicação, e lembrou que os médicos da área indicam anti-inflamatórios para seus pacientes sob prescrição e acompanhamento, mas que a automedicação por conta dos próprios pacientes, sem qualquer opinião médica, não é indicada, independente do tipo de medicamento.

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