Quatro a cada dez mulheres que iniciaram conversa com alguém em aplicativo de relacionamento já foram impactadas por golpes.
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Quando uma mulher conhece alguém via aplicativo de relacionamento, se envolve afetivamente e vê suas economias indo embora, o que fazer? Além da culpa e da vergonha, por muito tempo não haviam respostas rápidas sobre como resolver o problema, reforçado pela Netflix ao exibir o documentário “Golpista do Tinder”.
A situação é comum a 4 em cada 10 mulheres, que já foram impactadas de alguma forma por golpes. A pesquisa foi desenvolvida a partir de respostas de mais de 1200 mulheres brasileiras (março de 2022).
A lábia de golpistas atinge mulheres de todas as faixas etárias e classes sociais. Tanto é que 22% das mulheres afirmam conhecer alguém que passou por abordagem de um golpista nos aplicativos, 9% dizem que foram abordadas diretamente e perceberam na hora, e 7% foram abordadas e perceberam apenas depois de alguma interação.
Fragilizadas e envolvidas emocionalmente, elas buscam infinitas formas de agradar o “parceiro”. Os casos seguem a mesma lógica: começam com a paixão e promessas de algum futuro, passam pelo pedido “carinhoso” de apoio financeiro, e terminam com o sumiço. As abordagens do “crush” podem acontecer de diferentes formas que resultam em impacto no bolso e na saúde mental das mulheres.
O golpe financeiro é o mais comum
Os três golpes mais comuns relatados por elas estão, de fato, relacionados às finanças, mesmo que tenham sido bem sucedidos ou não. 53% das mulheres afirmam que o golpista pediu dinheiro emprestado; e 25% solicitou ajuda para pagar alguma conta. Outro engano sofrido pelas mulheres: 39% passaram por mentiras ou invenções sobre a vida real do “crush”.
Entre as mulheres que sofreram perdas por estelionato sentimental, 12% afirmam que perderam mais de R$5.000; 20% perderam entre R$500 e R$2.000; 10% até R$500; e 3% perderam de R$2.000 a R$5.000.
Impacto emocional
Dentre os danos emocionais, 38% das mulheres relatam que mudaram sua perspectiva quanto a conhecer pessoas pela internet; 29% desistiram de usar sites/apps de relacionamento; 14% desistiram de procurar alguém para se relacionar; 14% mudaram a perspectiva sobre conhecer novas pessoas; e 10% passaram por depressão.
Clique aqui para ver os dados da pesquisa.
Projeto “Era Golpe, Não Amor”
A iniciativa “Era Golpe, Não Amor” tem como objetivo promover informações educativas, além de apoio para mulheres vítimas de golpes financeiros em relações amorosas.
A Campanha promove atendimento psicológico gratuito, suporte jurídico e dicas de como recuperar perdas para mulheres que sofreram estelionato sentimental, com o intuito de reerguê-las para seguirem suas vidas.
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