A mandioca é cultivada em todo o território nacional, onde são produzidas quase 18 milhões de toneladas, sendo 87% pela agricultura familiar.
O Câmpus Regional do Noroeste (CRN) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), localizado em Diamante do Norte, a 160 quilômetros de Maringá, foi sede do lançamento de mais uma variedade de mandioca.
A BRS 429, desenvolvida por meio de pesquisa conjunta com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi apresentada nesta terça-feira (07). As instituições são parcerias há 13 anos.
O lançamento é parte da estratégia de diversificação de variedades para atender aos anseios do setor produtivo do Centro-Sul do País, principalmente Paraná e São Paulo.
É a primeira variedade de mesa da Embrapa recomendada para o estado paulista. Já os mandiocultores paranaenses contam, desde 2015, com as variedades BRS 396 e BRS 399, dentro da mesma parceria.
A raiz apresenta formato mais cilíndrica, longa e uniforme, o que confere um aproveitamento comercial maior. Outras características são porte ereto da planta (adequado ao plantio mecanizado), precocidade (podendo ser colhida aos oito meses) e resistência às principais doenças que atingem as regiões (bacteriose e super alongamento).
A mandioca também apresenta polpa de coloração amarela intensa, bom tempo de cozimento (média de 20 minutos), textura farinácea, adequada tanto para o consumo mais usual (cozida e frita) como também para a obtenção de massa de boa qualidade, e com um sabor superior ao da mandioca convencional.
Para o vice-reitor da UEM, Ricardo Dias da Silva, o lançamento da nova cultivar significa muito para Diamante do Norte. “Um dos pilares da instituição é o desenvolvimento regional e a universidade tem um papel importante na transformação do Estado, desenvolvendo novos conhecimentos, pesquisas, estudos, projetos de extensão e formando profissionais”, afirmou.
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