Nesta terça-feira (17), é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia. A data foi instituída pois em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como doença ou desvio patológico.
Originalmente “homofobia” se referia apenas à violência física, verbal e psicológica destinada a homens homossexuais, mas hoje em dia o termo se popularizou e pode ser atribuído ao ato de deferir ódio contra outros grupos da comunidade LGBTQIA+, como lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo.
O termo “LGBTfobia” também pode ser utilizado para se referir a violência física, psicológica ou verbal contra qualquer grupo da comunidade LGBTQIA+.
Um relatório da Transgender Europe aponta que, entre 2016 e 2017, 325 assassinatos de pessoas transgênero foram registrados em 71 países. 171 desses casos, ou seja, mais da metade aconteceram no Brasil.
Uma análise de dados também feita em 2017, pelo Ministério dos Direitos Humanos com base em denúncias recebidas pelo Disque 100, aponta que grande parte das ocorrências registradas dizem respeito à violência psicológica, que abrange ameaças, humilhação e bullying.
Segundo o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTQIA+ no Brasil, 316 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ aconteceram em 2021. Entre os crimes ocorridos no ano passado, 262 foram homicídios (o que corresponde a 82,91% dos casos), 26 suicídios (8,23%), 23 latrocínios (7,28%) e cinco mortes por outras causas (1,58%).
Segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), aproximadamente 20 milhões de brasileiros se identificam como pessoas LGBTQIA+.
A coluna Queer Post do Maringá Post, de autoria de Randy Fusieger, aborda semanalmente conteúdos sobre e para a comunidade LGBTQIA+. Clique AQUI para acessar as publicações.
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