Dia Mundial da Língua Portuguesa: O que a data representa?

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No dia 5 de maio é comemorado o Dia Mundial da Língua Portuguesa, que conta com mais de 260 milhões de falantes em 9 países ao redor do mundo, distribuídos em 4 continentes. São eles: Portugal, na Europa, Brasil, na América do Sul, Timor-Leste, na Ásia, e Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe na África.

O português é a quarta língua mais falada no mundo, atrás do mandarim, inlês e espanhol. A celebração da data existe desde 2019, instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Este ano, as comemorações oficiais da data ocorrem no Brasil, onde está o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Antes de viajar para o Brasil, Silva gravou vídeo em que homenageia a data e fala dos seus significados. Para ele, o futuro da língua portuguesa depende de todos nós: falantes nativos ou não, que usamos o idioma para nos expressar.

Veja o vídeo a seguir:

 

SIGNIFICADO DA LÍNGUA PORTUGUESA

“A Língua Portuguesa é um repositório de belas possibilidades de construções frasais, com riquezas infinitas de usos literários, além de oportunizar muitas variedades linguísticas, para os falantes de todos os estratos sociais”. É o que diz Jeanette de Cnop, Doutora em Letras  e professora aposentada de língua portuguesa.

Jeanette lecionou Língua Portuguesa para todos os níveis, desde o fundamental, ensino médio e ensino superior, no Departamento de Letras da UEM, onde permaneceu de 1987 a 2002, quando se aposentou como doutora em Letras. Desde muito jovem, sente prazer em escrever e sempre teve admiração por bons textos.

Para entender melhor sobre a língua portuguesa, Jeanette compartilha algumas observações que ela teve ao longo dos anos.

DIFICULDADES NA LINGUAGEM

É preciso admitir: apesar da beleza que a língua portuguesa possui, ela não é tão simples de ser aprendida, principalmente por estrangeiros. Jeanette explica que para dominar o idioma de verdade, é necessário estudar bastante.

A solução para essa dificuldade? Muita leitura.

“Pelo que se deduz, lê-se cada vez menos, o que compromete a compreensão, a interpretação dos textos, e consequentemente a produção textual”, explica Jeanette. Ela reforça a importância de que sejam feitas leituras com frequência, para que seja possível se expressar da melhor forma possível.

REDES SOCIAIS PREJUDICAM A BOA ESCRITA?

Claro, usar redes sociais é normal – e até mesmo necessário – na época que vivemos, mas usá-las excessivamente pode trazer algumas consequências.

“É possível que as pessoas – principalmente os jovens – fiquem tanto tempo envolvidos com as redes sociais que não lhes sobrem tempo para leituras de textos mais complexos, tanto os referenciais quanto os literários”, relata Jeanette. Ela alerta também para que seja tomado um cuidado com o empobrecimento da linguagem.

LITERATURA MARINGAENSE

Para a comemoração dessa data, o Maringá Post traz visibilidade para a literatura maringaense. Maringá conta com grandes talentos – verdadeiros mestres da escrita na língua portuguesa -, em estilos muito variados para todos os gostos de leitura.

Veja a seguir:

Antonio Augusto de Assis (A. A. de Assis)

A. A. de Assis, jornalista, poeta e escritor.

Nascido em São Fidelis em 7 de abril de 1933, Antonio Augusto de Assis chegou em Maringá em 17 janeiro de 1955,

A. A. de Assis já escreveu mais de mil trovas e ganhou diversos troféus, medalhas e diplomas por seus escritos. O seu livro de poesias “Robson” foi escrito em 1959, sendo este o primeiro livro publicado em Maringá.

Desde então, publicou várias outras obras, como: Itinerário (poemas); Coleção Cadernos de A. A. de Assis – 10 vol. (crônicas, ensaios e poemas); Poêmica (poemas); Caderno de trovas; Tábua de trovas; A. A. de Assis – vida, verso e prosa (autobiografia e textos diversos).

Ele também é integrante da Academia de Letras de Maringá e da União Brasileira de Trovadores.

Jorge Ferreira Duque Estrada

Jorge Ferreira Duque Estrada / Escritor e pioneiro de Maringá

Jorge Ferreira Duque Estrada nasceu em 1916, em São Gonçalo, Rio de Janeiro. No final da década de 1940, estabeleceu domicílio em Maringá.

Em 1961, Duque Estrada publicou o livro Terra Crua, que foi escrito em 1957. A obra narra e interpreta fatos relacionados com a origem de Maringá. Em 1974, publicou o romance Isto é você, Maria, também ambientado nas primeiras décadas de Maringá.

Laurentino Gomes

Laurentino Gomes – Jornalista e escritor

Famoso por seus livros de não-ficção, Laurentino Gomes narra fatos importantes da história do Brasil em suas obras “1808”, sobre a chegada da corte portuguesa ao Brasil, “1822”, que conta sobre a independência do país, e “1889”, que descreve o fim da Monarquia e a Proclamação da República.

Em 2008, o livro 1808 recebeu o prêmio de melhor ensaio da Academia Brasileira de Letras e da 53ª edição do Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de “livro do ano” da categoria de não-ficção.

Jeanette de Cnop

Jeanette de Cnop – Doutora em Letras e membro da Academia de Letras de Maringá.

Sim, para ela, não bastava ser apenas Doutora em Letras; nossa entrevistada também possui talento em suas próprias obras literárias.

Em 2003, Jeanette publicou o livro autobiográfico: “Tecelã de Textos – vivências de uma professora de Língua Portuguesa”, além de outras publicações em coletâneas. Ela também foi presidente da Academia de Letras de Maringá entre 2015 e 2017.

Jaime Vieira

Jaime Vieira – Escritor e professor de línguas e literaturas

Jaime Vieira é professor de línguas e literaturas e autor dos livros: “Desencontros”, “Ecos e Gritos”, “Reencontro”, “Outonos”, “Reencanto”, “Asas” e “Contra – Espelho”.

Possui trinta e nove prêmios literários, alguns internacionais. É membro da UBE (União Brasileira dos Escritores – SP). É também membro fundador da Academia de Letras de Maringá.

Railda Masson

Railda Masson – Professora e poeta

Railda Masson é professora de inglês e especialista em Literatura Inglesa. Além disso, é escritora e poeta, integrante da Academia de Letras Maringá.

Publicou diversos livros de poesia, como “Cartas de Evita que Perón não leu”, “Anita.G.com” e “Florbela, não eu”, além de uma obra com contos infantis: “Era uma vez… Por que não duas ou três?”.


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