Quase 78% da população brasileira está endividada

Jovens entre 25 a 35 anos estão cada vez mais endividados atualmente, em função dos índices de desemprego e subemprego que também afetam esse público.

  • Mesmo com os juros elevados, o endividamento continua crescendo no Brasil.

    Um marco histórico de endividamento no Brasil, a maior proporção já registrada nos 12 anos de levantamento.

    Segundo a Pesquisa de Comércio de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismos, o percentual de 77,5% de brasileiros endividados fica acima, com 10,3 pontos do apurado há um ano.

    De acordo com o economista, Matheus Ramalho, o perfil do endividado brasileiro era mais centrada na classe madura, de 35 a 55 anos, e isso mudou para os mais jovens de 25 a 35, em função do desemprego e subempregados (pessoas que trabalham com bico), em média 11% segundo PENAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

    O vilão da história, conforme ele afirma, é o cartão de crédito, mas não somente ele, o crédito consignado também contribuiu. O que representa 87,0% do total de famílias endividadas no país, mesmo com os juros nas alturas.

    Ainda assim, com o campo de trabalho fragilizado, por conta da pandemia, de acordo com a CNC, a retomada do brasileiro nas compras explica o maior uso do cartão de crédito.

    Dessa forma, o endividamento elevado, deverá se manter nos próximos meses, com inflação alta e manutenção dos juros altos.

    O economista diz que o endividamento pode ser solucionado. Tendo como parâmetro o endividamento americano com o endividamento brasileiro, os perfis são distintos, já que o americano se endivida para crescimento de patrimônio, construção de imóveis ou investimento.

    Já no Brasil, o motivo é para se alimentar e manter as contas básicas (aluguel, luz, água) em dia, uma dívida de certa forma compreensível, segundo ele.

    A solução para ele, seria renegociar as dívidas principalmente os juros, planejar o ganho de renda e tentar ampliar. E quem não tem dívida o ideal é se manter assim, e se vigiar para não consumir em excesso e fazer parte desta nova classe social, endividados, mas ostentando.

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