A maioria dos casos de hepatite foram registrados em países europeus. Até o momento, uma morte foi confirmada.
Foto: Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, neste sábado (23), o surgimento de 169 casos de casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida. A maioria das notificações está na Europa e envolve bebês, crianças e adolescentes entre 1 mês e 16 anos de idade. Até o momento, uma morte foi confirmada.
De acordo com a OMS, foram notificados 114 casos da doença no Reino Unido; 13 na Espanha; 12 em Israel; nove nos Estados Unidos; seis na Dinamarca; cinco na Irlanda; quatro na Holanda; quatro na Itália; dois na Noruega; dois na França; um na Romênia e um na Bélgica.
Os sintomas da doença incluem elevada taxa de enzimas hepáticas, vômito, diarreia e dores abdominais. Entre os casos registrados, 17 crianças (cerca de 10% do total) necessitaram de transplante de fígado após contraírem a doença.
No comunicado distribuído à imprensa, a OMS declarou que está monitorando a situação e afirmou que não é preciso restringir viagens e o comércio com o Reino Unido e os demais países que tiveram casos confirmados.
Sobre a doença
A hepatite é uma infecção que atinge o fígado, podendo causar alterações leves, moderadas ou graves. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
Transmissão
A transmissão da hepatite pode ocorrer pelo contato oral-fecal ou pelo contato com o sangue contaminado. Algumas formas de contaminação mais comuns incluem:
- Compartilhar seringas;
- Ter relações sem camisinha (preservativo);
- Consumir alimentos ou água contaminados por fezes;
- Contato com urina ou fezes de uma pessoa contaminada.
Outra forma de contaminação menos comum é pela transfusão sanguínea.
Prevenção
Para a prevenção da hepatite, é recomendado:
- Vacinação contra a hepatite A e B;
- Uso de camisinha em relações sexuais;
- Não partilhar seringas;
- Adotar medidas de higiene, como lavar as mãos depois de ir ao banheiro e antes de se alimentar;
- Ser cauteloso ao realizar piercings ou tatuagens, exigindo o uso de materiais novos ou esterelizados.
Tratamento
O tratamento para hepatite pode ser feito apenas com repouso, boa alimentação e hidratação. No entanto, em alguns casos poderá ser prescrito o uso de medicamentos. Quando são seguidas as orientações prescritas no tratamento, a hepatite tem cura na maioria das vezes.
Dados divulgados pela Agência Brasil e pela Secretária de Estado de Saúde.
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