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Em época de páscoa, muitos pais e familiares desejam presentear as crianças com coelhos, além de ovos de chocolate. No entanto a decisão de ter um animal deve ser bem pensada, pois são seres vivos que precisam de diversos cuidados, e eventualmente irão demandar atenção e gastos.
Assim como qualquer outro animal de estimação, os coelhos também precisam se consultar com o médico veterinário, que precisa ser especializado em animais exóticos. A alimentação desses animais deve ser alterada entre uma boa variedade de verduras escuras e ração.
Frutas devem ser servidas com moderação e como se fossem petiscos, explica a veterinária Giovana Lopes. “A frutose pode causar um desequilíbrio intestinal. A microbiota intestinal desses animais é extremamente sensível, portanto, dietas inadequadas e medicamentos podem afetá-la facilmente”.
Coelhinhos também precisam de bastante espaço para brinar, correr e pular, ou seja, não devem ser mantidos em gaiolas. Eles devem ser criados em área sombreada e fresca, para conseguirem fazer o controle térmico de seus corpos. Por serem presas em habitat natural, os coelhos tendem a se assustar fácil, e muito de tocas. Se não tiverem acesso a terra para eles mesmos fazerem suas tocas, o ideal é providenciar uma toca – de preferência de madeira.
Antes de efetivamente adquirir um coelho, é muito importante pesquisar bastante sobre o comportamento dos coelhos, suas necessidades e até mesmo as doenças mais comuns da espécie. Ao contrário do que muitos podem pensar, coelhos são muito inteligentes e ótimos animais de estimação, mas devem ser tratados com muita paciência e responsabilidade, considerando que a expectativa de vida deles é de 6 a 13 anos.
“Crianças recebem esse animal tão querido como um presente de páscoa, prática que se tornou motivo de campanha entre médicos veterinários, ONGs e amantes de animais, pois a consequência disso pode ser a crueldade. Antes de presentear uma criança, é necessário que os responsáveis entendam sobre os cuidados que precisarão ter com o coelho a partir de sua chegada, e ensinar para as crianças que os animais devem ser tratados com amor e carinho”, conclui a Dra. Giovana.
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