Dia do jornalista: A relevância da profissão para o mundo

No dia 7 de abril, se comemora o dia do jornalista no Brasil. Conheça um pouco sobre essa data e figuras importantes do jornalismo brasileiro.

  • O Dia do Jornalista foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e Independência do Brasil.

    Foto: Retrato de Giovanni Battista Libero Badaró

    Mais conhecido como Líbero Badaró, ele foi um jornalista e médico nascido na Itália em 1798. Veio para o Brasil em 1826, e em 1829, fundou o jornal O Observador Constitucional.

    Badaró era grande defensor do liberalismo, princípio político que buscava a liberdade dos cidadãos. Por esse motivo, ele fazia muitas críticas à postura autoritária de Dom Pedro I, que ainda era imperador. Além disso, Baradó participou de diversas lutas a favor da independência do Brasil e da liberdade de imprensa.

    Líbero Badaró foi assassinado no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. Seu assassinato foi motivo revolta e abalou ainda mais a credibilidade política do governo de Dom Pedro. O movimento popular foi tão grande que levou o Imperador a abdicar do trono no dia 7 de abril de 1831.

    Em 1931, nesse mesmo dia, foi criado o Dia do Jornalista em homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró.

    Importância do Dia do Jornalista

    A principal função do jornalista é informar, sempre com responsabilidade e buscando credibilidade e, acima de tudo, um compromisso com a verdade.

    Um dos maiores objetivos dessa profissão é o de fortalecer a democracia, veiculando notícias e mantendo a população capaz de analisar e formar suas próprias opiniões.

    Jornalistas que fizeram história no Brasil

    Hipólito da Costa

    Foto: Retrato de Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça

    Hipólito da Costa foi um jornalista, maçom e diplomata, nascido em 1774, na Colônia do Sacramento (atual Uruguai).

    Considerado o pai do jornalismo brasileiro, ele fundou, em 1808, o primeiro jornal brasileiro: o Correio Braziliense. Devido às censuras da Coroa Portuguesa, o Correio Braziliense era impresso em Londres e seria o único jornal privado a circular no Brasil durante o período da Colônia.

    Seguindo o modelo liberal inglês, Hipólito defendia a liberdade de imprensa e o fim da Inquisição, da escravatura e da censura e seu jornal era essencialmente opinativo, com muitas críticas à administração do governo português.

    O Correio Braziliense teve 175 edições de jornal, até que a sua circulação foi encerrada por Hipólito em dezembro de 1822, após a Declaração da Independência. A justificativa era que já não era necessário editar um jornal no exterior quando o país se tornou independente.

    Hipólito José da Costa faleceu em 11 de setembro de 1823, em Londres. Outra data comemorativa que o homenageia é o Dia Nacional da Imprensa no Brasil, no dia 1 de junho – data da primeira publicação do Correio Braziliense.

    José do Patrocínio

    Foto: Retrato de José do Patrocínio

    José Carlos do Patrocínio nasceu em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro em 9 de outubro de 1853. Foi um  farmacêutico, jornalista e ativista político brasileiro.

    Seu pai era João Carlos Monteiro, vigário da paróquia da cidade, e sua mãe era Justina do Espírito Santo, uma escrava. Mesmo sem reconhecer a paternidade, João Carlos Monteiro encaminhou o menino para a sua fazenda, onde José do Patrocínio passou a infância liberto, mas convivendo e recebendo os mesmos castigos dos escravos.

    Eventualmente, José do Patrocínio se tornou uma das figuras mais importantes dos movimentos abolicionista e monarquista do país. Após terminar a faculdade de medicina em 1874, ele iniciou a carreira de jornalista, publicando o quinzenário satírico “Os Ferrões”, uma revista que retratava os temas políticos.

    Em 1877, foi admitido na Gazeta de Notícias como redator, foi encarregado da coluna Semana Parlamentar. Foi neste espaço que, em 1879, iniciou a campanha pela abolição da escravatura no Brasil.

    Morreu no dia 29 de janeiro de 1905, e hoje é considerado por seus biógrafos o maior jornalista da abolição.

    Assis Chateaubriand

    Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, mais conhecido como Assis Chateaubriand foi um jornalista, empresário e político brasileiro. Nascido no dia 4 de outubro de 1892, na Paraíba, Chateaubriand se tornou um dos homens mais influentes do Brasil.

    Chateaubriand era um magnata das comunicações e dono dos Diários Associados, que era o maior conglomerado de mídia da América Latina na época – com mais de cem jornais, emissoras de rádio e TV, revistas e agência telegráfica.

    Ele também foi responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi.

    Assis Chateaubriand morreu no dia 4 de abril de 1968, de tuberculose. O seu cortejo fúnebre reuniu mais de 60 mil pessoas pelas ruas de São Paulo.

    Roberto Marinho

    Roberto Marinho / Foto: Divulgação

    Roberto Pisani Marinho nasceu no dia 03 de dezembro de 1904, no Rio de Janeiro. Ele foi um jornalista e empresário brasileiro.

    Seu pai, Irineu Marinho era um jornalista renomado do início do século 20, e fundou o jornal “A Noite” (1911) e o jornal “O Globo” (1925). Roberto Marinho começou sua carreira no jornal O Globo, aos 20 anos, como repórter e secretário particular de Irineu. Após a morte de seu pai, ele herdou o jornal e assumiu como a chefia em 1931.

    Roberto Marinho eventualmente se tornou um dos homens mais influentes do país no século 20, formando o conglomerado de veículos de comunicação, chamado Organizações Globo — atualmente Grupo Globo, desde 2014 — com a inauguração da Rádio Globo em 1944.

    Com o tempo, adquiriu outras emissoras e formou o Sistema Globo de Rádio, do qual faz parte a Rede CBN. Em 26 de abril de 1965, inaugurou a TV Globo no Rio de Janeiro, que veio a se tornar a maior rede de TV brasileira.

    Roberto Marinho morreu no dia 6 de agosto de 2003, no Rio de Janeiro, deixando para trás um dos maiores impérios de comunicação do mundo.

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