Prevenção do Câncer do Colo do Útero pode ser feito através do exame de Papanicolau ou pela vacina contra HPV
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Para marcar o Dia Mundial de Prevenção do Câncer do Colo do Útero, comemorado no próximo dia 26, a Fundação do Câncer lançou hoje (24) o Guia Prático. A publicação reúne orientações sobre a doença para capacitação de médicos e profissionais que trabalham na Atenção Básica de Saúde – enfermeiros, técnicos e agentes comunitários.
O Guia Prático Prevenção do Câncer de Colo do Útero – Orientações para Profissionais de Saúde tem o objetivo de aumentar a adesão às recomendações para a vacinação contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) e o rastreamento da doença. Acesse aqui o guia em formato digital.
Sobre o Câncer de colo de útero
O câncer do colo do útero é responsável pela morte de mais de 6 mil mulheres por ano no Brasil e mais de 331 mil mulheres por ano, em todo o mundo.
Se trata de um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Inicialmente, podem não haver sintomas, mas conforme a doença avança, podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor (não necessariamente nessa ordem).
O câncer de colo de útero pode ser evitado através do exame de Papanicolau e por uma vacina contra o vírus HPV, causador da doença.
Vacinação contra o Câncer de colo de útero
Mais de 400 milhões de doses de vacina contra o HPV já foram aplicadas no mundo; no Brasil, mais de 50 milhões. É uma vacina totalmente segura e não provoca efeitos adversos – além daqueles relacionados ao local da injeção, como dor leve, rubor e inchaço.
A vacinação contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. São indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Pessoas imunossuprimidas também devem ser vacinadas.
O Brasil é um dos poucos países do mundo em que a vacinação contra o HPV é universal, pública e gratuita pelo SUS, integrando o Programa Nacional de Imunização (PNI). O problema é que, muitas vezes, falta a informação sobre a vacinação.
A imunização contra o HPV é menor entre meninos do que entre as meninas. Em 2020, 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos tomaram as duas doses da vacina. Entre os meninos de 11 a 14 anos, a taxa dos que completaram o ciclo vacinal foi de 36,4%.
É importante deixar claro que a vacinação para os garotos é essencial não só para que eles não transmitam o HPV para as meninas, mas, também, para protegê-los de doenças relacionadas ao vírus HPV, como câncer de pênis, câncer anal e de orofaringe (parte da garganta localizada atrás da boca).
Exame preventivo
A infecção genital pelo vírus HPV é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.
Dados divulgados pela Agência Brasil e Instituto Nacional de Câncer.
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