Dia 26 de março é dia Mundial de Prevenção do Câncer do Colo do Útero

Como comemoração do dia Mundial de Prevenção do Câncer do Colo do Útero, Fundação do Câncer lançou um guia com orientações sobre a doença.

  • Prevenção do Câncer do Colo do Útero pode ser feito através do exame de Papanicolau ou pela vacina contra HPV
    Foto: Freepik – Vetor criado por @vectorjuice

    Para marcar o Dia Mundial de Prevenção do Câncer do Colo do Útero, comemorado no próximo dia 26, a Fundação do Câncer lançou hoje (24) o Guia Prático. A publicação reúne orientações sobre a doença para capacitação de médicos e profissionais que trabalham na Atenção Básica de Saúde – enfermeiros, técnicos e agentes comunitários.

    O Guia Prático Prevenção do Câncer de Colo do Útero – Orientações para Profissionais de Saúde tem o objetivo de aumentar a adesão às recomendações para a vacinação contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) e o rastreamento da doença. Acesse aqui o guia em formato digital.

    Sobre o Câncer de colo de útero

    O câncer do colo do útero é responsável pela morte de mais de 6 mil mulheres por ano no Brasil e mais de 331 mil mulheres por ano, em todo o mundo.

    Se trata de um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Inicialmente, podem não haver sintomas, mas conforme a doença avança, podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor (não necessariamente nessa ordem).

    O câncer de colo de útero pode ser evitado através do exame de Papanicolau e por uma vacina contra o vírus HPV, causador da doença.

    Vacinação contra o Câncer de colo de útero

    Vacinação contra o vírus HPV / Foto: Marcelo Camargo -Agência Brasil

    Mais de 400 milhões de doses de vacina contra o HPV já foram aplicadas no mundo; no Brasil, mais de 50 milhões. É uma vacina totalmente segura e não provoca efeitos adversos – além daqueles relacionados ao local da injeção, como dor leve, rubor e inchaço.

    A vacinação contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. São indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Pessoas imunossuprimidas também devem ser vacinadas.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo em que a vacinação contra o HPV é universal, pública e gratuita pelo SUS, integrando o Programa Nacional de Imunização (PNI). O problema é que, muitas vezes, falta a informação sobre a vacinação.

    A imunização contra o HPV é menor entre meninos do que entre as meninas. Em 2020, 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos tomaram as duas doses da vacina. Entre os meninos de 11 a 14 anos, a taxa dos que completaram o ciclo vacinal foi de 36,4%.

    É importante deixar claro que a vacinação para os garotos é essencial não só para que eles não transmitam o HPV para as meninas, mas, também, para protegê-los de doenças relacionadas ao vírus HPV, como câncer de pênis, câncer anal e de orofaringe (parte da garganta localizada atrás da boca).

    Exame preventivo

    A infecção genital pelo vírus HPV é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

    Dados divulgados pela Agência Brasil e Instituto Nacional de Câncer.

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