Um dos impactos mais severos da pandemia, desde seu início logo no primeiro semestre do ano de 2020, não só em escala nacional mas também internacional, foi o impacto na economia devido ao fechamento do comércio e outras restrições advindas da pandemia.
Não apenas o Brasil, mas todo o mundo entrou em quadro de recessão econômica que não era visto há tempos e apenas uma parcela extremamente pequena da população conseguiu se beneficiar deste momento, em questão de capital.
Esta crise econômica se reflete em vários aspectos que podem levar à outras crises em um país, como por exemplo:
- Instabilidade política
- Disputas ideológicas
- Desemprego
- Baixa capacitação profissional
No Brasil, a situação se tornou tão absurda que diversos especialistas apontam que o rombo só não foi maior devido ao Auxílio Emergencial, que conferiu algum poder de compra aos mais necessitados e aos afetados diretamente pela pandemia.
O desemprego e a informalidade são dois dos sintomas mais marcantes no país ao longo desta crise econômica, sanitária e política, de modo que uma carta de apresentação para emprego comprovando experiência e capacitação não é mais o suficiente para a garantia de uma oportunidade no mercado de trabalho.
Devido ao quadro de recessão econômica e restrições sanitárias em virtude do avanço da pandemia, diversos negócios fecharam suas portas, trabalhadores perderam o emprego e inúmeras empresas cessaram suas contratações neste período.
Mas depois de dois anos de pandemia, campanhas de vacinação e a retomada gradual das atividades, como anda o quadro empregatício no país?
A precarização do trabalho e a informalidade no país
Um dos maiores sintomas de uma crise econômica como a que vivemos nestes últimos dois anos é a precarização das vagas de trabalho e o aumento no número de trabalhadores informais no país. Isto é, os trabalhadores sem vínculo empregatício direto.
De acordo com publicação realizada em 23/01 pelo segmento de Economia da plataforma UOL, o retorno dos empregos formais para 2022 conta também com a presença de salários inferiores.
O que juntamente com a baixa nas contratações e rejeições nos mais variados exemplos de apresentação pessoal e profissional, contribui para o aumento de profissionais informais e de desempregados em todo o país.
O número é alarmante: entre o início de 2020 e o final de 2021 a taxa de desempregados no país aumentou cerca 37%
Em números absolutos, este valor representa um aumento de 4.7 milhões de desempregados para 6.5 milhões de desempregados, ainda segundo reportagem do UOL, que certamente buscarão oportunidades no mercado informal.
Desemprego e informalidade para o ano de 2022
Conforme reportagem da plataforma especializada em economia, Monitor Mercantil, a alta nas taxas de desemprego deve culminar em um aumento de profissionais informais para 2022 e também aumento nos autônomos (MEIs).
Este é um processo que vem acontecendo desde antes da pandemia. Contudo, esta situação certamente potencializa o número de trabalhadores informais.
Ainda segundo reportagem da Monitor Mercantil, entre o segundo semestre de 2019 e o mesmo período no ano passado o número de trabalhadores informais aumentou em cerca de 700 mil trabalhadores, atingindo o número abismante de cerca de 25 milhões de pessoas
Porém, para o decorrer do ano de 2022 o prognóstico é positivo, indicando um possível reaquecimento do mercado de trabalho de maneira gradual.
Este prognóstico pode ser especulado através de dados do IBGE, que indicam um recuo no desemprego, de 14.2% em junho de 2021 para 1.6% em setembro do mesmo ano, tendência que seguirá de acordo com as campanhas de vacinação e retomada de diversos setores da sociedade, como o comércio, principalmente.
Como está a projeção para o mercado de trabalho em 2022 de maneira geral?
Como vimos acima, apesar dos números assustadores em quesitos como desemprego e informalidade (os principais sintomas econômicos da pandemia), a tendência é o reaquecimento gradual do mercado de trabalho.
Isso se deve principalmente ao avanço das campanhas de vacinação em todo o país, que são responsáveis pela diminuição de óbitos e casos, que são os grandes fatores para a retomada do comércio e das atividades normais.
De acordo com a CNN Brasil em reportagem recente, a informalidade representa atualmente 54% dos trabalhadores do país, apesar de este número ter chegado a faixa dos 70% no início do ano passado.
Com isso, é possível ver que apesar de a informalidade representar uma fonte de segurança para grande parte dos trabalhadores neste período, a tendência é a retomada gradativa dos empregos formais e das atividades presenciais.
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