Em Assembleia Estadual realizada na noite desta quarta-feira, 8, os educadores do Paraná decidiram realizar uma paralisação de três dias – de segunda (13) a quarta-feira (15) – acompanhada de vigília na Praça Nossa Senhora de Salete, em Curitiba.
“Nós precisamos juntar forças e fazer essa luta, mesmo com as dificuldades do final de ano. É pela nossa carreira e pelo nosso futuro. Eles contam com o nosso cansaço. Nós contamos com cada um de vocês”, sintetizou Walkiria Mazeto, nova presidente da APP, empossada no dia 7.
Durante a vigília, que irá se juntar aos atos do Fórum de Entidades Sindicais (FES) pela Data-Base, os trabalhadores estarão em Assembleia permanente. Na prática isso significa que novas decisões podem ser tomadas a qualquer momento.
A mobilização busca pressionar os deputados por alterações no PLC 12, o projeto do piso apresentado pelo governador Ratinho Jr.
Segundo a APP, embora avance na adequação do salário de ingresso, o projeto “desmonta o Plano de Carreira dos professores, achata a tabela, abre caminho para transformar o Piso em teto, retira direitos de funcionários e abandona aposentados”.
“Os aposentados ficam só com 3%. Para funcionários é mais grave, pois eles ainda perderão o adicional noturno. Esse projeto é pior que o de Beto Richa em 2015. Cria uma divisão na nossa categoria e desmonta o que construímos até hoje como concepção de carreira. Isso não é valorização. Isso é desmonte”, explicou Walkiria.
Celso Santos, secretário-geral da APP, alertou para a ausência de anexos no Projeto de Lei Complementar. “Não somos contra reajuste, muito pelo contrário. Mas não existe uma tabela no projeto de Lei que afirme que alguém vai ganhar até R$ 5,5 mil. Isso vai ser regulamentado depois. É um engodo. O que está na Lei é a gratificação e o fim da carreira”, afirmou.
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