Acusado de matar o pai a marretadas e esquartejar o corpo é condenado a 26 anos de prisão

  • O Tribunal do Júri de Paranavaí condenou a 26 anos e 11 meses de prisão um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná pelo homicídio do próprio pai. A condenação, ocorrida nesta quinta-feira, 26, foi pelos crimes de homicídio qualificado por meio cruel, ocultação do corpo e vilipêndio ao cadáver. Ele é acusado de matar o pai a golpes de marreta.

    O crime ocorreu em novembro de 2019. Segundo a denúncia, o filho, então com 21 anos, matou o pai, que tinha mais de 70 anos, a golpes de marreta, esquartejou o corpo e o escondeu em um canavial entre Paranavaí e Nova Aliança do Ivaí.

    A cabeça da vítima jamais foi encontrada. O réu alegou que o pai teria abusado de uma adolescente que teria presenciado o homicídio, tese afastada em plenário pela Promotoria de Justiça que atua junto à 42ª Seção Judiciária e que representou o MP na sessão.

    Na época do crime, em novembro de 2019, a Polícia Civil conseguiu desvendar rapidamente o desaparecimento de Manoel Ferreira da Rocha, de 73 anos, morador no Jardim Paulista, em Paranavaí. Segundo a Polícia Civil, o idoso foi morto pelo próprio filho, um rapaz que na época tinha 21 anos, com vários antecedentes criminais e que confessou ter matado o pai a marteladas.

    O homem foi preso em Curitiba, juntamente com a namorada, uma adolescente de 14 anos, que também é suspeita de ter participado do homicídio.

    A prisão ocorreu após investigação da Polícia Civil, que encontrou indícios do crime na casa da vítima. Os investigadores perceberam que a residência encontrava-se extremamente limpa, demonstrando observações. Contudo, em uma das vistorias foram encontradas manchas de sangue em um colchão, que estava escondido no quintal da residência, bem como pedaços de tecidos com sangue dentro de uma sacola e um balde plástico com manchas que pareciam ser sangue com um pedaço de tecido queimado.

    Os investigadores passaram a receber várias ligações dando conta de que o filho do seu Manoel, que residia com o pai, seria o autor do crime e estava desaparecido desde o dia que o idoso havia sido visto pela última vez. O rapaz foi visto de posse do carro de Manoel.
    Diante das informações, os investigadores buscaram o monitoramento da tornozeleira eletrônica do rapaz, e constataram o rompimento entre as cidade de Paranavaí e Nova aliança do Ivaí, sendo observado que ele ficou parado em um canavial por determinado tempo, levando a sérios indícios de que, talvez o corpo do desaparecido poderia estar naquela localidade.

    Preso, o rapaz confessou que matou o pai a marteladas, livrou-se do corpo no canavial e evadiu-se com a namorada.

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