Representantes da prefeitura, Câmara de Vereadores e de setores da sociedade civil de Cianorte realizaram uma visita técnica à Usina Termoelétrica a Biogás, de Ponta Grossa, a primeira usina pública deste tipo construída no Brasil. A unidade, inaugurada em março deste ano, é referência no país em tecnologia e sustentabilidade e opera, atualmente, com 30% da sua potencialidade, sendo capaz de transformar 30 toneladas de resíduos orgânicos em energia, que é usada para manter o local, suprir o caminhão elétrico que recolhe o lixo e é destinada para a rede elétrica da Copel. O empreendimento é administrado pela Ponta Grossa Ambiental, empresa do Grupo Philus, e atua em convênio com a Prefeitura da cidade.
A usina de Ponta Grossa entrou em operação em abril.
Por meio da visita, a comitiva liderada pelo vice-prefeito, João Alexandre Teixeira, buscou compreender o funcionamento da usina e a viabilidade de importar a ideia para a Capital do Vestuário. “O Governo do Estado está incentivando que empresas privadas criem projetos sustentáveis como esse nos municípios. Para isso, oferece o apoio do Invest Paraná e o financiamento pelo Banco de Desenvolvimento Fonplata. Viemos conhecer para avaliar se essa proposta funcionaria na nossa cidade e, assim, iniciarmos um planejamento nesse sentido”, disse o vice-prefeito.
Segundo João Alexandre, a implantação de uma usina de Biogás em Cianorte também seria conveniente para que a destinação de resíduos orgânicos a médio e longo prazo seja feita de forma sustentável. “A previsão de vida útil do nosso aterro, no modelo que temos hoje, é para mais seis anos, então precisamos inciar uma discussão em relação a isso o quanto antes. O processo da instalação de uma usina em cinco ou seis anos eliminaria a necessidade de aumentar o espaço sanitário porque ela transformaria todo o lixo em energia”, pontuou.
O aterro sanitário municipal recebe atualmente cerca de 70 toneladas diárias de resíduos, sendo que 32 delas são provenientes de Cianorte e o restante de outros cinco municípios da região. “Para as cidades parceiras a tonelada do lixo custa uma média de R$180,00. Então se você calcula 30 toneladas por dia, a criação dessa usina se tornaria autossustentável para nós em pouco tempo”, completou João Alexandre, que pretende apresentar a proposta ao prefeito, Marco Franzato, e à equipe técnica nos próximos dias.
A comitiva da Capital do Vestuário, também formada pelo presidente da Câmara Municipal de Cianorte, Wilson Luiz Peres Pedrão; pela secretária municipal de Meio Ambiente, Daniella Carraro Parreiras; e pelo chefe da Divisão de Vigilância Ambiental, Leonardo Caleff, foi recebida pelo assessor especial de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Marcio Wozniack, e pelo presidente da Ponta Grossa Ambiental, Marcus Vinicius Nadal Borsato. Representantes de outros seis municípios do estado também conheceram o espaço.
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