Começou quinta-feira e prossegue até 10 de setembro em todos os municípios paranaenses o vazio sanitário da soja, período em que fica proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja no campo.
Este tipo de ação acontece em todos os anos agrícolas no Paraná e conta com a supervisão da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
O objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e consequentemente atrasar a ocorrência da doença na próxima safra.
A medida considera a importância econômica da cultura da soja no Paraná e os prejuízos causados pela ferrugem asiática. Por isso, medidas sanitárias são adotadas pelo sistema oficial de Defesa Sanitária Vegetal de forma efetiva e constante.
“A prática do vazio sanitário beneficia o produtor, que terá o aparecimento dos primeiros focos da doença cada vez mais tarde, e dessa forma necessitará de menos aplicações de fungicidas para o controle da ferrugem”, explica o gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Renato Rezende Young Blood.
No Paraná, a Portaria Adapar nº 342/2019 de 05/11/2019 estabelece o período do vazio sanitário e outras providências, entre elas a proibição do plantio de soja sobre soja na mesma área e mesmo ano agrícola e determina que a colheita e a interrupção do ciclo da cultura ocorram até o dia 15 de maio de cada ano.
Ferrugem asiática
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, disseminação e custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, que pode chegar a 90%, é considerada a principal doença da soja.
As ações de fiscalização pela Adapar continuam mesmo durante a pandemia de Covid-19, pois as pragas permanecem ativas e a agricultura segue o calendário normal de plantio, manejos fitossanitários e colheita.
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