A Polícia Civil do Paraná capturou na manhã deste sábado, 29, o indivíduo José Tiago Correia Soroka, suspeito de ser o serial killer que assassinou homossexuais no Paraná e em Santa Catarina entre os dias 16 de abril e 4 de maio. Além dos assassinatos, sempre de forma cruel, o homem que mata homossexuais roubava o que encontrava de valor na casa, o que constitui crime de latrocínio.
Ele foi preso quando estava em uma pensão no bairro Capão Raso, em Curitiba.
Há três semanas as polícias do Paraná e Santa Catarina procuram pistas do maníaco e no dia 17 passado a polícia paranaense divulgou fotografias, o nome e que Tiago Soroka fazia contato com suas possíveis vítimas por meio de aplicativos de relacionamento comumente usado por homossexuais.
Segundo a polícia, era marcado encontro, geralmente na casa da vítima, onde Tiago comparecia, matava o homossexual por estrangulamento e deixava o corpo na cama coberto por um cobertor ou lençol.
Na sequência, o maníaco roubava objetos de valor que encontrasse na casa, inclusive dinheiro.
A tática era praticamente em todos os casos que a polícia suspeita que Tiago tenha sido o criminoso. É o caso, por exemplo, que vitimou o enfermeiro David Júnior Alves Levisio, de 28 anos, ocorrido no dia 27 de abril, na Vila Lindóia, em Curitiba.
David Levisio era homossexual e morava sozinho desde que mudou-se para a Capital para estudar Enfermagem. O corpo, encontrado três dias depois no apartamento, estava amarrado e com sinais de tortura e requintes de crueldade.
Outro crime atribuído a Tiago Soroka é a morte do estudante de Medicina Marco Vinício Bozzana da Fonseca, de 25 anos, encontrado já em estado de decomposição em seu apartamento, no bairro Portão, também em Curitiba.
Com a semelhança no modo de agir do assassino, a polícia passou a suspeitar que tratava-se da mesma pessoa nos dois casos e viu semelhança também na morte do professor universitário Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, na cidade de Abelardo Luz, em Santa Catarina.
A princípio, a polícia catarinense acreditou tratar-se de um latrocínio, que é o roubo seguido de morte, até que o carro do professor foi encontrado abandonado em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.
Como o professor era homossexual e o corpo foi encontrado em situação parecida com os casos de Curitiba, a polícia passou a suspeitar que tratava-se de um serial killer que matava homossexuais nos dois Estados.
A pista mais importante surgiu quando o serial killer tentou matar um homossexual no bairro Bigorrilho, em Curitiba, no dia 11 deste mês. A vítima conseguiu resistir e descreveu o criminoso para a polícia. Com as descrições, a polícia encontrou imagens de câmera que mostravam o assassino próximo ao prédio de uma das vítimas.
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