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O delegado da partida entre Maringá FC e Botafogo-PB, Fábio Henrique Guastalla, negou que tenha recebido um pedido do zagueiro Ronald para tomar um cartão no jogo realizado na tarde desse domingo (18), no Estádio Regional Willie Davids. O duelo, pelo Brasileirão Série C, terminou empatado em 1 a 1.
O assunto chamou a atenção após a publicação da súmula da partida, ocorrida ainda na noite de domingo (18). No documento, o árbitro Carlos Tadeu Ferreira, do Rio de Janeiro, relatou que o atleta do Maringá FC teria se dirigido ao delegado da partida, ainda antes do início do jogo, e perguntado se precisaria fazer algo para tomar um cartão.
“um atleta que estará no banco de reservas do maringá, pediu para avisar que quer tomar cartão. ele quer saber se precisa fazer algo ou não”, diz um trecho do relato do árbitro presente na súmula. Ronald, que não entrou no jogo e ficou o tempo todo no banco de reservas, tomou um cartão amarelo aos 34 minutos do segundo tempo.
Conforme a súmula, a advertência ocorreu após o jogador invadir o campo durante a comemoração do gol de empate maringaense. Segundo apurado pela reportagem, o atleta negou ao clube os fatos relatados na súmula e afirmou que não fez nenhum tipo de contato com o delegado do jogo.
A versão de Ronald bate com a relatada pelo próprio delegado nesta segunda-feira (19), no cheklist do jogo enviado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No documento, Fábio Henrique Guastalla nega que tenha conversado com qualquer jogador antes da partida e diz que a arbitragem “não compreendeu corretamente o teor da observação”.
“Consta na súmula da partida um registro impreciso que merece esclarecimento. Este delegado, em nenhum momento, manteve qualquer contato direto com os atletas antes do início da partida. De fato, a equipe de arbitragem, antes do início do jogo, encontrava-se conversando sobre aspectos gerais da partida, quando comentou sobre o time do Maringá, especialmente a respeito do capitão, Sr. Ronald Eugenio de Carvalho. Na ocasião, este delegado mencionou que o referido atleta estaria no banco de reservas, acrescentando que havia ouvido que ele ainda se encontrava lesionado e pendurado. Nesse contexto, foi feito um comentário no sentido de que, caso o atleta apresentasse comportamento inadequado no banco de reservas, já sabem o que ele quer, ou seja, poderia estar tentando forçar uma punição disciplinar, com o intuito de cumprir suspensão enquanto lesionado. Aparentemente, a equipe de arbitragem não compreendeu corretamente o teor da observação. Ressalte-se que este delegado não manteve contato direto com o atleta Ronald Eugenio de Carvalho, nem com qualquer outro atleta. Por fim, destaca-se que a arbitragem não procurou este delegado para esclarecimentos adicionais, e que a súmula da partida não foi finalizada no estádio, o que contribuiu para o relato impreciso dos fatos”, escreveu o delegado no checklist.
Procurados pelo Maringá Post, o Maringá FC e o zagueiro Ronald não quiseram comentar o assunto.
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