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A final do Campeonato Paranaense de 2025 terá uma marca histórica. Pela terceira vez no século XXI, o estadual será decidido em uma disputa ‘caipira’, apenas com equipes do interior do Paraná. Em 24 edições do torneio desde 2000, 21 delas tiveram, ao menos, um time da capital na grande decisão.
Maringá FC e Operário, de Ponta Grossa, disputam o título nesta edição. O primeiro jogo da final está marcado para o sábado (22), às 16h, no Estádio Regional Willie Davids. O time da Cidade Canção, que folga nesta quinta (20) e retorna aos treinamentos na sexta (21), esteve em uma das duas únicas decisões do estadual que não teve Coritiba, Athletico ou Paraná Clube entre os dois melhores.
Foi em 2014. Na ocasião, o Dogão – que ainda tinha como mascote a Zebra – chegou na finalíssima após deixar pelo caminho o Coritiba. O adversário da decisão foi o arquirrival Londrina. Após dois empates – 2 a 2 no Estádio do Café e 1 a 1 no WD -, o troféu foi decidido nos pênaltis, com vitória do Tubarão em Maringá por 4 a 3.
O próprio Londrina foi o protagonista da outra final ‘caipira’, ocorrida em 2021. Na ocasião, a equipe do norte do Paraná sagrou-se campeã diante do Cascavel, novamente nos pênaltis: 6 a 5 contra o time do oeste do Estado após dois empates em 1 a 1.
Apesar disso, equipes do interior já levantaram a taça em cinco oportunidades desde 2000. Além dos dois títulos do Londrina, o Operário, adversário maringaense em 2025, derrotou o Coritiba na decisão em 2015, com duas vitórias: 2 a 0 em Ponta Grossa e 3 a 0 na volta, no Couto Pereira. Em 2007, foi a vez do Atlético Clube Paranavaí (ACP) derrotar o Paraná Clube na finalíssima.
Em 2002 ocorreu a única edição do Paranaense sem as presenças de Athletico, Coritiba e Paraná, que naquele ano disputaram a Copa Sul-Minas. Em um formato diferente, apenas de pontos corridos, o Iraty desbancou os concorrentes do interior, somando 10 vitórias em 14 partidas.
O técnico do Maringá FC, Jorge Castilho, classificou como histórica a vitória maiúscula do time diante do Athletico, na Arena da Baixada, por 3 a 0. No entanto, ele pediu pés no chão para a decisão contra o Fantasma.
“O que fizemos é histórico, um feito muito grande para um clube que tem apenas 14 anos de existência. Acredito que a continuidade, a confiança e a estrutura que a diretoria dá a comissão técnica, além das contratações corretas pelo modelo de jogo do clube, contribuem para esse sucesso e essa ascensão desportiva do Maringá. Não existe oba oba, conseguimos blindar muito bem nossos atletas, porque temos uma final pela frente, contra uma equipe muito qualificada e se quisermos o título, precisamos ter muito foco, entrega e pés no chão para realizarmos dois excelentes jogos”, projetou o treinador.
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