A estreia da seleção brasileira masculina de vôlei foi mais sofrida que o esperado no Mundial, disputado na Polônia e na Eslovênia. Os comandados do técnico Renan Dal Zotto suaram para buscar uma dura virada sobre Cuba, que chegou a abrir 2 a 0 no placar antes da reação brasileira nos três sets seguintes. O Brasil venceu por 3 a 2, com parciais de 31/33, 21/25, 25/16, 25/17 e 18/16.
A partida disputada em Liubliana, capital da Eslovênia, foi marcada pela tensão e pela irregularidade por ambas as equipes. Se o Brasil abusou dos erros nas duas primeiras parciais, Cuba perdeu ritmo no terceiro e quarto sets e falhou demais, principalmente nos saques, no tie-break.
Para tanto, a seleção contou com o poderoso retorno de Wallace ao time, pouco mais de um ano depois do anúncio de sua aposentadoria. Ele foi decisivo nesta estreia, sendo o maior pontuador do jogo, com 22 pontos. “Não podemos baixar a guarda contra equipes com a de Cuba, que tem o saque muito forte. Mas nosso time foi se reinventando dentro de quadra, assimilando o jogo adversário. Foi meu primeiro jogo oficial após meu retorno para a seleção. Estamos caminhando, ainda tem muita coisa para acontecer”, comentou o jogador.
Leal, no reencontro com sua ex-seleção, também brilhou, com 20 pontos. Pela equipe cubana, o maior destaque foi Herrera, com 18 Renan mandou à quadra a seleção brasileira escalada com Flavio, Lucão, Lucarelli, Bruninho, Wallace e Leal. Mas um dos principais destaques do jogo foi o reserva Fernando Cachopa. O levantador entrou no decorrer da partida e brilhou tanto nas jogadas quanto na motivação da equipe.
Com esta formação, o time brasileiro começou melhor e abriu cinco pontos de vantagem no set inicial. Cuba reagiu na metade da parcial, virou o duelo e venceu a primeira batalha da partida No segundo set, a equipe cubana começou mais concentrada e sustentou a liderança no placar desde o início.
O panorama do confronto mudou quando Renan colocou Cachopa e Rodriguinho em quadra. Todos os fundamentos começaram a funcionar e o Brasil chegou a abrir 16/7 no marcador. No embalo, o time nacional levou também o quarto set, empatando o duelo e forçando a disputa do tie-break.
O Brasil seguiu melhor em quadra e começou na frente. Aproveitando as falhas de Cuba no saque, o time de Renan fez 12/8. Mas os rivais não desanimaram e viraram o marcador. Num final de jogo tenso e cansativo, o Brasil precisou salvar um match point antes de retomar a dianteira no placar e sacramentar a vitória.
“Cuba está de volta com uma equipe muito competitiva, com jogadores excelentes como o Simon, um dos melhores centrais do mundo, e o López, que conhecemos bem da Superliga”, ponderou Renan Dal Zotto, ao fim da partida. “O time de Cuba colocou o saque muito bem nos primeiros sets. Eles fizeram o que fazem de melhor, e mesmo com nosso time jogando bem, tivemos dificuldades “
O treinador reconheceu os efeitos positivos causados pela entrada dos reservas no terceiro set. “Jogamos melhor os três últimos sets, com o time coeso, e os jogadores que vieram do banco contribuíram muito.” E indicou que fará mudanças na equipe, possivelmente dando chance a Cachopa ou Rodriguinho entre os titulares. “Saímos daqui com alguns ajustes a fazer, mas felizes com a vitória, pois este time cubano irá incomodar muita gente.”
O time brasileiro volta a jogar na manhã de domingo. Enfrentará o Japão às 9 horas, pelo horário de Brasília, em novo jogo do Grupo B.
Estadão Conteúdo / Imagem: CBV
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