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No braço de ferro entre Felipão e Abel Ferreira, dois dos principais treinadores da história palmeirense, o veterano levou a melhor. O Athletico-PR superou o Palmeiras por 2 a 0 neste sábado para decepção de mais de 39 mil torcedores no Allianz Parque.
O time alvinegro mantém a liderança no Brasileirão, mas vê a aproximação dos rivais. O placar adverso encerra uma invencibilidade de 13 partidas (oito vitórias e cinco empates). No Brasileirão, foi apenas a segunda derrota do líder. Encaixotada na marcação do rival, a equipe sentiu o peso da maratona de jogos e viu atuações apagadas dos principais jogadores, como Veiga e Rony. Na quarta-feira, a equipe alviverde decide vaga nas quartas de final da Libertadores diante do Cerro Porteño com uma vantagem tranquila de 3 a 0 no jogo de ida.
O time do Paraná chega à vice-liderança e se consolida como principal surpresa do torneio. O Athletico não perde há 13 jogos (dez vitórias e três empates). A marcação do rival foi perfeita, sufocando as principais formas de articulação de jogadas.
No primeiro confronto entre dois dos principais treinadores da história palmeirense – depois que foi demitido em 2019, Felipão não havia reencontrado a equipe -, Abel Ferreira encontrou dificuldade para impor seu domínio tático. O treinador rival mostrou uma estratégia eficiente de marcação sobre Veiga e Scarpa, o que sufocou o time da casa, e apostou contra-ataques.
Assim quase abriu o placar aos 16 após uma bela tabela entre Canobbio e Vitor Roque. Weverton salvou. O time visitante poupou cinco titulares pensando na partida diante do Libertad pela Libertadores – a equipe precisa de um empate para avançar.
Depois de neutralizar o Palmeiras, o time paranaense começou a avançar. Após cruzamento longo, uma das características dos times de Felipão, Vitor Roque desviou na pequena área e abriu o placar.
O Palmeiras não conseguiu sair da arapuca de Felipão. Uma das estratégias foi a inversão entre Dudu e Scarpa. Outra foi o avanço de Veiga para a área. Tudo isso funcionou pouco. Nesse cenário, poucas chances, como aos 24, quando Veiga finalizou bem, mas raspando.
O segundo tempo teve equilíbrio até nas principais chances de gol. Dudu entrou rabiscando e chutou para Breno defender. A resposta do rival foi mais contundente. Após boa jogada de Vitor Roque, Romulo chutou na mão de Piquerez. Pênalti assinalado com auxílio do árbitro de vídeo. Vitor Bueno cobrou e ampliou a vantagem. Jogando em cima dos erros no Palmeiras, os paranaenses e encurralaram o líder do torneio.
As mudanças de Abel Ferreira tentaram deixar o time mais combativo e com maior energia, traços nos quais os paranaenses levavam vantagem. A organização tática deu lugar à vontade. Com dificuldade de penetrar na defesa rival, a equipe passou a chutar de fora. E levou bastante perigo com Scarpa e Menino. Os últimos minutos foram de ataque contra defesa. O goleiro Bento se tornou um dos destaques ao segurar a pressão do líder.
Estadão Conteúdo
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