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A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de um câncer no intestino. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa.
Filha do cantor e compositor Gilberto Gil, Preta enfrentava a doença desde janeiro de 2023. Ela passou por cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia no Brasil, além de buscar tratamento experimental nos Estados Unidos.
Em agosto de 2024, Preta anunciou que o câncer havia retornado com metástases em diferentes partes do corpo. Desde maio de 2025, ela estava em tratamento em centros especializados nos EUA, como o Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York.
Preta Gil iniciou sua carreira musical em 2003 com o álbum Prêt-à-Porter. O trabalho marcou sua estreia pela ousadia e mistura de ritmos como pop, samba, MPB e funk. A capa do disco, em que posava nua, causou polêmica e deu início ao seu ativismo pela autoaceitação.
Ao longo da carreira, lançou outros álbuns, apresentou programas de televisão, atuou em novelas e filmes, e se tornou uma figura influente no mercado de entretenimento e na defesa de causas sociais.
Em 2009, criou o Bloco da Preta, que se consolidou como um dos maiores blocos de Carnaval do Rio de Janeiro. Em 2017, fundou a empresa de marketing de influência Mynd, voltada para música e comunicação digital.
Preta também era uma defensora da diversidade e dos direitos LGBTQIA+. Bissexual assumida, falava abertamente sobre sua sexualidade e enfrentava com firmeza preconceitos como machismo, racismo e gordofobia.
Em 2024, lançou sua autobiografia Preta Gil: os primeiros 50, onde narrou sua trajetória, os altos e baixos da vida pessoal e profissional, e os desafios enfrentados com a doença.
A artista teve um único filho, Francisco, fruto do relacionamento com o ator Otávio Muller. Durante o tratamento contra o câncer, também enfrentou o término de seu casamento com Rodrigo Godoy.
A morte de Preta Gil comoveu fãs e amigos. Artistas e personalidades prestaram homenagens nas redes sociais, destacando sua força, autenticidade e generosidade.
Preta Gil deixa um legado marcante na cultura brasileira, pautado por coragem, afeto, representatividade e luta por um país mais justo e plural.
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