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Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia mundial, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental que fundou ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado.
Natural de Aimorés (MG), ele ficou conhecido por seu trabalho em preto e branco, retratando a condição humana, crises humanitárias e a natureza com sensibilidade e força estética incomparável.
Salgado sofria de um distúrbio sanguíneo decorrente da malária, contraída durante uma expedição na Indonésia. A doença o afastou do trabalho de campo em 2024. Em seu último comunicado, disse que seu corpo sentia os efeitos de décadas vividas em locais extremos.
Formado em Economia, Salgado iniciou sua trajetória na fotografia em 1973 e nunca mais largou a câmera. Viajou por mais de 120 países e construiu obras-primas como os ensaios “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”.
Sua foto de Serra Pelada, de 1986, foi eleita pelo The New York Times uma das imagens mais marcantes da história moderna. A cena chocante e grandiosa do garimpo no Pará o consagrou como cronista visual da humanidade.

Além da arte, Salgado também se destacou pelo ativismo. Com o Instituto Terra, promoveu a recuperação de áreas devastadas da Mata Atlântica, unindo fotografia, consciência ambiental e ação concreta.
Seu legado permanece na memória de quem viu o mundo através de sua lente — com todas as suas dores, esperanças e contradições.