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O ator Tom Wilkinson, que brilhou em filmes como “Ou Tudo ou Nada” (1997), “Batman Begins” (2005) e “Conduta de Risco” (2008), faleceu neste sábado, 30, aos 75 anos. De acordo com seus parentes, ele teve um mal súbito em sua residência e morreu de forma inesperada.
Wilkinson tinha uma carreira longa e premiada, tendo atuado com alguns dos maiores diretores da atualidade, como Christopher Nolan, Ang Lee, Woody Allen e Roman Polanski. Ele foi indicado a dois Oscars e seis BAFTAs (o Oscar britânico), tendo ganhado o prêmio de cinema do Reino Unido em 1997 pelo filme “Ou Tudo ou Nada” (Full Monty). Neste ano, ele reprisou seu papel do filme, o supervisor Gerald, em uma série da Disney+, que mostrou o que aconteceu com os personagens 26 anos depois.
Wilkinson nasceu em Yorkshire, na Inglaterra, e estudou na Royal Academy of Dramatic Art. Ele começou a atuar na TV em 1975 e fez sua estreia no cinema dez anos depois, em filmes como “Sombras do Passado” (1985) e “Sylvia” (1985). Mas foi nos anos 1990 que ele ganhou destaque, mesmo em papéis menores, como o promotor de “Em Nome do Pai” (1993), de Jim Sheridan, e o nobre de “Razão e Sensibilidade” (1995), de Ang Lee, que ao falecer deixa as filhas sem dinheiro.
Ele também foi o chefe de Michael Douglas em “A Sombra e a Escuridão” (1996), de Stephen Hopkins, e o antagonista de “Mistério na Neve” (1997), de Bille August, antes de ser escolhido para o papel que mudou sua vida em “Ou Tudo ou Nada”. A comédia de Peter Cattaneo mostrava seis operários desempregados de uma fábrica que, diante da crise econômica, decidem fazer um espetáculo de striptease para ganhar dinheiro. Wilkinson interpretava o ex-supervisor da fábrica, que estava escondendo sua demissão da esposa. O filme foi um enorme sucesso de público e crítica, sendo indicado a 4 Oscars e 12 BAFTAs, vencendo o prêmio britânico como Melhor Filme do ano, além de dar troféus de Melhor Ator para Robert Carlyle e de Coadjuvante para Wilkinson.
Depois disso, sua carreira decolou e Wilkinson participou de vários sucessos, incluindo o filme vencedor do Oscar “Shakeaspeare Apaixonado” (1998). Em seguida, ele consolidou sua carreira com duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. A primeira foi por “Entre Quatro Paredes” (2001), de Todd Field, como o pai que perde um filho assassinado. A segunda foi por “Conduta de Risco” (2007), de Tony Gilroy, como um advogado, colega de George Clooney, que entra em crise ao descobrir que o conglomerado que defendia era responsável por várias mortes, tendo um fim trágico por saber demais.
Entre os dois filmes, ele apareceu em mais de uma dezena de filmes, alguns muito famosos como “Moça com Brinco de Pérola” (2003), de Peter Webber, “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), de Michel Gondry, “O Exorcismo de Emily Rose” (2005), de Scott Derrickson, e “Batman Begins” (2009), de Christopher Nolan, onde viveu o criminoso Carmine Falcone.
A filmografia impressionante continuou com “O Sonho de Cassandra” (2007), filme britânico de Woody Allen, “Rock’n’Rolla: A Grande Roubada” (2008), de Guy Ritchie, “Operação Valquíria” (2009), de Bryan Singer, “O Escritor Fantasma” (2010), de Roman Polanski, “O Exótico Hotel Marigold” (2011), de John Madden, e “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (2011), de Brad Bird. Mas nesse ponto ele também começou a ter presença de destaque em produções premiadas da TV americana.
Wilkinson foi indicado a dois Emmy e dois Globos de Ouros em 2008, por seu papel como Benjamin Franklin na minissérie “John Adams” (2008) e pela atuação no telefilme político “Recontagem”, ambos produzidos pela HBO. Ele venceu os dois troféus pela série. E em 2011 voltou a ser indicado ao Emmy como o patriarca da família Kennedy, na minissérie “Os Kennedys”.
Entre seus últimos trabalhos, destacam-se as minisséries “The Kennedys: After Camelot” (2017), “Belgravia” (2020) e “The Undoing” (2020).
*Com informações redação Terra.
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