O renomado cantor e compositor brasileiro, Roberto Carlos, de 82 anos, recusou o pedido de uso de sua música “Amada Amante” no documentário da Netflix, que abordará crimes financeiros.
A produção buscava utilizar a canção emblemática para ilustrar a história da doleira Nelma Kodama, envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro com o doleiro Alberto Youssef. A música foi evocada por Nelma durante um interrogatório da CPI da Petrobras em 2015, tornando-se uma referência marcante em sua história.
A equipe do cantor analisou cuidadosamente a sinopse do filme antes de tomar a decisão. Segundo a assessoria de imprensa de Roberto Carlos, o artista recebe cerca de 200 pedidos de regravações mensais, e cada solicitação é submetida a uma triagem rigorosa.
Para o uso em trilhas de filmes, é necessário detalhar o contexto em que a música será inserida, assim como as características dos personagens envolvidos com a canção.
O uso de músicas fora de seus contextos originais no cinema não é uma novidade, sendo um recurso que já foi utilizado em produções clássicas como “Laranja Mecânica” e “Cidade de Deus”. Entretanto, a legislação brasileira exige autorização prévia dos compositores para o uso comercial de suas obras em filmes.
Com a recusa de Roberto Carlos, a produção do documentário precisará buscar outras opções musicais para compor a trilha sonora que ilustrará a história de crimes financeiros e a trajetória de Nelma Kodama no mundo do crime.
A decisão do cantor mantém o controle e a preservação de sua obra, garantindo que suas músicas sejam utilizadas de maneira coerente e respeitosa em contextos cinematográficos.
Foto: Reprodução / Instagram
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