Reviravolta histórica: novas imagens sugerem que Titanic pode não ter se chocado contra iceberg

O Titanic tem repousado a 3.800 metros de profundidade no oceano por 111 anos, e a previsão é que a estrutura do navio desapareça em algumas décadas devido à corrosão causada por micróbios.

  • Foto: Reprodução / Magellan / AP

    Uma reviravolta surpreendente pode reescrever a história do famoso naufrágio do Titanic, lançando dúvidas sobre a crença amplamente aceita de que o navio teria se chocado com um iceberg antes de afundar.

    A versão tradicional da tragédia do Titanic em 1912, caracterizada por sua colisão com um iceberg, é agora questionada por pesquisadores. Parks Stepphenson, um estudioso de longa data da história do Titanic, está no centro dessa reviravolta, defendendo uma teoria alternativa.

    Recentemente divulgadas, imagens de um escaneamento digital do naufrágio, segundo Stepphenson, serão essenciais para iluminar os eventos verdadeiros que levaram à queda do icônico navio há mais de um século.

    “Existe um aumento nas evidências sugerindo que o navio não colidiu lateralmente com um iceberg, como retratado em muitas recreações cinematográficas”, disse Stepphenson ao Mirror. Ele acredita que o Titanic possa ter encalhado em uma plataforma de gelo submersa, um cenário que, curiosamente, foi a primeira versão publicada em uma revista de Londres em 1912, logo após o naufrágio. “Talvez ainda não tenhamos ouvido a verdadeira história do Titanic”, disse ele, sugerindo que o entendimento da colisão com o iceberg ainda não está claro.

    Stepphenson expressou grande admiração pelas imagens geradas pelo escaneamento digital da Magellan Ltd. Ele afirmou que as imagens “oferecem uma visão dos destroços como nunca antes, colocando tudo em contexto e perspectiva. Eles mostram o verdadeiro estado dos restos do navio”.

    O Titanic tem repousado a 3.800 metros de profundidade no oceano por 111 anos, e a previsão é que a estrutura do navio desapareça em algumas décadas devido à corrosão causada por micróbios. Neste sentido, o escaneamento digital adquire grande relevância. Segundo Stepphenson, o mapeamento computadorizado precisa ser “meticuloso em cada centímetro [do Titanic], mesmo nas partes menos visíveis, como os detritos no fundo do mar, a lama”.

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