Os vencedores do prêmio Nobel de 2022 começam a ser conhecidos a partir da próxima segunda-feira, dia 3, quando será anunciado o vencedor (ou vencedores) de medicina. Na terça, 4, será a vez da física, enquanto o prêmio de química será divulgado na quarta-feira, 5.
O Nobel de literatura será anunciado na próxima quinta-feira, 6, a partir das 8h (pelo horário de Brasília). A lista termina com o prêmio da Paz (sexta, 7) e economia (segunda-feira, 10).
O prêmio de literatura tem sido notoriamente imprevisível. Poucos apostaram no vencedor do ano passado, o escritor Abdulrazak Gurnah, nascido em Zanzibar e radicado no Reino Unido, cujos livros exploram os impactos pessoais e sociais do colonialismo e da migração.
Gurnah foi apenas o sexto ganhador do Nobel de literatura nascido na África, e o prêmio há muito enfrenta críticas de que é muito focado em escritores europeus e norte-americanos. Também é dominado por homens, com apenas 16 mulheres entre seus 118 laureados.
A lista de possíveis vencedores para este ano inclui gigantes literários de todo o mundo: o escritor queniano Ngugi Wa Thiong’o, o japonês Haruki Murakami, o norueguês Jon Fosse, a autora nascida em Antígua e Barbuda Jamaica Kincaid e a francesa Annie Ernaux, que será uma das atrações da Flip, no dia 23 de novembro.
Um candidato que pode se destacar é Salman Rushdie, escritor nascido na Índia e defensor da liberdade de expressão que passou anos escondido depois que os governantes clericais do Irã pediram sua morte por causa de seu romance de 1988 “Os Versos Satânicos”. Rushdie foi ferido em um festival no Estado de Nova York (EUA) no dia 12 de agosto passado.
Os prêmios para Gurnah em 2021 e a poetisa americana Louise Gluck em 2020 ajudaram o Nobel de literatura a superar anos de controvérsia e escândalo. Em 2018, o prêmio foi adiado depois que alegações de abuso sexual abalaram a Academia Sueca, que nomeia o comitê de literatura do Nobel, provocaram um êxodo de membros.
A academia se reformulou, mas enfrentou mais críticas ao dar o prêmio de literatura de 2019 ao austríaco Peter Handke, que foi chamado de apologista dos crimes de guerra sérvios. Fonte: Associated Press.
Estadão Conteúdo / Foto:
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