Ainda que conectado a sua essência, Nando Reis vem inovando no seu trabalho artístico no que diz respeito à distribuição, comunicação e contato com os fãs. Em junho deste ano, o cantor lançou a Nando Reis Wallet, onde os usuários podem ter acesso a conteúdos exclusivos, presentes e oportunidades de interação com o cantor.
Além disso, o público teve como conferir um show exclusivo na quarta-feira, 31, no NandoVerso. Através do metaverso, o usuário cria seu avatar, interage com o cantor, faz parte da comunidade com galerias de fotos e salas de cinemas e shows.
Foi neste mesmo espaço que os fãs puderam conferir na terça-feira, 30, o documentário Cordas de Aço – Em Busca do Pote de Ouro. O longa mostra bastidores da gravação do disco Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro, em 2000, com participação dos integrantes da banda original: o baixista Fernando Nunes, o tecladista Alex Veley, o guitarrista Walter Vilaça e o baterista Barrett Martin.
“Está sendo uma experiência maluca, porque não o contato direto e presencial, se dá por meio desse avatar, que é interessante, faz parte dessa linguagem”, afirma Nando, em coletiva de imprensa realizada na terça-feira.
“Então, amplia as possibilidades do show, em um grau diferente do que já era. Esse universo vai criando seus próprios meios, sua própria cultura. É uma linguagem bem nova pra mim, mas acho incrível que uma pessoa possa ver de qualquer lugar ver um show que vou fazer em Porto Alegre”, diz.
Além disso, o cantor comemora mais uma novidade: a edição remixada, remasterizada e expandida do álbum Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro.
O lançamento conta ainda com um novo arranjo de cordas para Quem Vai Dizer Tchau, além das versões demo de voz e violão de canções como Relicário, Dessa Vez, Nosso Amor, Frases Mais Azuis e a própria faixa-título.
O novo e o antigo
“Essencialmente, aquilo que me move é o meu trabalho e o que eu gosto de fazer é LP. Sou fazedor de discos. O maior barato de tudo que está acontecendo é o lançamento da minha wallet e, finalmente, esse LP, que foi lançado na era digital, em um momento em que poucas pessoas ainda compram o CD. O LP é uma experiência multissensorial e é ótimo que isso esteja se expandindo na era digital”, comenta o cantor.
Mesmo em meio a muitas renovações na sua carreira, Nando reitera que seu trabalho não se modificou e que ele continua “cantando as mesmas canções e tendo o desejo de ressignificar o que for tocar”.
“As mudanças que a era digital promove pra mim não muda em nada, tudo que eu faço parte do violão e ele é o mesmo desde que eu tenho sete anos. A música vem antes de mim e isso é bom, porque todo aproveitamento do alcance da era digital é muito positivo, mas é simplesmente uma ferramenta de trabalho”, garante.
Estadão Conteúdo / Imagem: reprodução youtube
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