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A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República iniciou, nesta semana, a 2ª Semana Brasileira de Educação Midiática, voltada para a promoção da cidadania e o uso crítico da mídia por estudantes e educadores. Realizada até o dia 1º de novembro, a iniciativa promove debates sobre o uso responsável de novas tecnologias e sua aplicação em sala de aula. A programação inclui palestras e webinários que integram a Estratégia Nacional das Escolas Conectadas (Enec), lançada pelo governo federal em 2023. Entre os parceiros do projeto está a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), informou a Agência Brasil.
Na abertura do evento, Adauto Soares, representante da Unesco no Brasil, destacou o papel do jornalismo na democracia, ressaltando que o fortalecimento da educação midiática é essencial para evitar a disseminação de fake news.
“A Unesco desenvolveu um modelo de currículo para cursos de jornalismo, voltado a manter o nível de informação de qualidade”, afirmou.
Vivian Melcop, assessora da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), enfatizou o papel das secretarias de Educação na formação de estudantes críticos. Ela frisou a importância da “horizontalidade entre educação e comunicação”, especialmente diante do uso crescente da inteligência artificial.
“Precisamos ensinar os jovens a usarem essas tecnologias de maneira responsável”, disse.
Durante o evento, o webinário abordou práticas como o Projeto Luz Negra, na Paraíba, que promove debates sobre cultura afro e antirracismo nas escolas, além do curso “Vaza, Falsiane”, que combate fake news com conteúdo interativo para jovens. A professora Evelin Morales, da Universidade Federal de Rondônia, reforçou o papel da mídia na conscientização ambiental, frisando que a educomunicação pode estimular o engajamento dos estudantes com temas atuais, como mudanças climáticas.
Para Rossini Castro, do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Perus, a educação midiática é também uma ferramenta para democratizar o acesso à informação, especialmente para públicos marginalizados.
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