Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Desde 2022, o sistema de pagamentos brasileiro Pix está sob observação das autoridades dos Estados Unidos.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) indicou, em relatório daquele ano, que acompanha o desenvolvimento do mercado de pagamentos eletrônicos no Brasil. O objetivo é garantir que o Banco Central brasileiro atue de forma justa, já que regula e opera o Pix simultaneamente.
O documento cita possíveis barreiras comerciais que podem afetar o comércio e investimentos entre os EUA e diversas nações, incluindo o Brasil. A edição de 2022 foi a primeira a mencionar o Pix nominalmente.
Recentemente, o USTR iniciou uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras, incluindo o incentivo ao uso do Pix. A apuração foi solicitada pelo então presidente Donald Trump, que apontou possíveis práticas que prejudicariam empresas e setores dos EUA.
Especialistas interpretam que a preocupação americana está relacionada à concorrência do Pix com serviços tradicionais, como cartões de crédito e o WhatsApp Pay, além do papel do Pix em operações internacionais.
Em 2024, o Pix movimentou cerca de R$ 26,4 trilhões, segundo o Banco Central do Brasil. A plataforma é reconhecida por facilitar a inclusão financeira e agilizar pagamentos.
O lançamento do Pix, em 2020, coincidiu com a introdução do WhatsApp Pay no Brasil. Pouco depois, o Banco Central e o Cade suspenderam temporariamente o serviço do WhatsApp para avaliação de riscos e conformidade regulatória.
Autoridades brasileiras defendem a medida, afirmando que a integração dos sistemas financeiros ao Pix segue regras legais e protege a transparência das transações.
Até o momento, o Banco Central e o Ministério das Relações Exteriores não comentaram publicamente as investigações do USTR.
Comentários estão fechados.