Há fortes indicações de que a troca no comando da Petrobras tem o objetivo de mudar a política de preços da companhia. Atualmente, os combustíveis têm sido um importante fator de pressão inflacionária e desgaste do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
Por Altamiro Silva Junior, enviado especial
Davos, 24 (AE) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou falar da nova mudança de comando da Petrobras, nesta terça-feira, 24, nos corredores do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Nas reuniões privadas que tem feito, o ministro afirmou que não tem sido perguntado sobre a petroleira. “O presidente Jair Bolsonaro escolhe o ministro Adolfo Sachsida, o ministro escolhe o presidente da Petrobras”, disse em conversa com jornalistas.
O Conselho da petroleira ratifica o nome do ministro escolhido e a diretora da estatal, completou Guedes. “E eles definem a política de preço dos combustíveis.”
José Mauro Ferreira Coelho foi o terceiro presidente da estatal no governo de Bolsonaro, ficando apenas 40 dias no cargo. O novo nome é Caio Mário Paes de Andrade, próximo a Guedes.
Há fortes indicações de que a troca no comando da Petrobras tem o objetivo de mudar a política de preços da companhia. Atualmente, os combustíveis têm sido um importante fator de pressão inflacionária e desgaste do presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição. O ex-presidente Lula, principal adversário de Bolsonaro, já sinalizou que, se eleito, não permitirá que a Petrobras atenda aos interesses do mercado.
Guedes está com a agenda cheia nesta terça-feira, com nove reuniões bilaterais, fora um almoço e um jantar, além de uma reunião informal com participantes do Fórum pela manhã.
Há uma lista de vários nomes na fila para uma conversa com um ministro, que não conseguiram espaço na agenda.
Estadão Conteúdo
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