O governo alega que a mudança é necessária para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e da renda da população. Foto: Agência Brasil
Apesar das promessas de não interferir na política de preços da Petrobras, o governo Bolsonaro voltou a trocar o presidente da companhia. Nessa segunda-feira, 23, anunciou que José Mauro Ferreira Coelho, que assumiu o cargo há 40 dias, será substituído por Caio Mário Paes de Andrade na presidência da empresa.
Na nota, o ministério de Minas e Energia agradeceu a Ferreira Coelho pelos resultados alcançados pela Petrobras durante sua gestão à frente da Petrobras, mas destacou que o país “vive atualmente um momento desafiador, decorrente dos efeitos da extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais.”
O texto indica que, pressionado pela inflação (que também é motivada pelas seguidas altas dos combustíveis e derivados do petróleo), o governo pode finalmente mudar a política de preços da companhia.
Também no final da noite dessa segunda-feira, a Petrobras informou que, se a demissão de José Mauro Coelho da presidência da companhia for aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), ocorrerá a destituição de todos os membros do Conselho eleitos como ele, por meio do voto múltiplo. A estatal terá, assim, de realizar uma nova eleição para esses cargos.
A mudança no Conselho é considerada estratégica para que a forma de calcular os preços seja alterada.
Segundo a Petrobras, o ministério solicitou que a avaliação do nome de Andrade pelo Conselho ocorra após a realização da AGE.
O ministério anunciou nesta segunda-feira a terceira demissão de um presidente da Petrobras em menos de quatro anos. O nome de Andrade já vinha sendo especulado há algumas semanas e ganhou força após a substituição do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida, fiel escudeiro do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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