Inflação de março bate recorde e chega a 1,62%

Disparada dos preços faz inflação bater recorde em março; índice de 1,62% é o maior já registrado desde o lançamento do Plano Real, em 1994.

  • Pela primeira vez, desde 1994, a inflação mensal de março bateu em 1,62%. O índice foi divulgado nesta sexta-feira, 8. A disparada dos preços, que tem reduzido o poder de compra dos brasileiros, é motivado por diferentes razões: os aumentos frequentes nos preços dos combustíveis, que afetam os custos de praticamente todos os demais produtos; a atual crise geopolítica, provocada pela guerra na Ucrânia; as políticas econômicas do governo brasileiro; a redução da produção durante a pandemia da covid-19; a crise hídrica, que impactou as tarifas de água e energia elétrica; entre outros. 

    O dado foi divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, acumula taxa de 3,20% no ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 11,30%, acima dos 10,54% de fevereiro. A inflação em março do ano passado foi de 0,93%.

    O principal impacto na inflação de março veio dos transportes, que subiram 3,02% no mês. A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70% no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%).

    Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de automóvel (1,47%).

    Em seguida, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu 0,65%.

    Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação (1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos de residência (0,57%) e educação (0,15%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%.

    Com informações da Agência Brasil

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