“Guerra dos bonés” na política aquece produção de fábricas na região de Maringá

Os bonés se tornaram símbolo de uma disputa política e impulsionaram a produção do acessório em Apucarana, maior polo do setor no Brasil.

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    Os bonés se tornaram símbolo de uma disputa política e impulsionaram a produção do acessório em Apucarana (a cerca de 60 km de Maringá), maior polo do setor no Brasil.

    O modelo azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros” começou a circular entre membros do governo e ganhou ainda mais visibilidade na última terça-feira (4), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu usando o item em um vídeo.

    Diante da adesão governista ao boné azul, a oposição reagiu com uma versão verde e amarela, trazendo a frase “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”, em referência ao ex-presidente.

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    Foto: Divulgação

    De cardo com informações do TN Online, o embate tem movimentado a economia de Apucarana, reconhecida como a “Capital do Boné”. A fábrica do empresário Antônio Carlos Macarrão já produziu quase duas mil unidades do modelo azul e tem uma nova encomenda de mil peças.

    O acessório foi solicitado por um grupo ligado ao governo e traz a frase criada pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira.

    Antes dessa nova tendência, Apucarana já havia fabricado bonés com referências ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usados por apoiadores da direita. Com a retomada das atividades legislativas, a demanda pelo item segue em alta, impulsionada pela disputa política.

    Alta da inflação de alimentos no Governo Bolsonaro contradiz slogan do boné

    Apesar da promessa de “comida barata novamente”, a inflação dos alimentos foi superior à média geral durante três dos quatro anos do governo Bolsonaro, nunca ficando abaixo dos 6% ao ano. Em 2022, último ano de sua gestão, o índice chegou a quase 12%, e em 2020, durante a pandemia, ultrapassou os 14%.

    No primeiro ano do governo Lula, os preços desaceleraram, com índices de 1,03% no IPCA e 0,33% no INPC para alimentos e bebidas, ambos abaixo da inflação geral. Em 2024, no entanto, os preços voltaram a subir, com IPCA de 7,69% e INPC de 7,6%.

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