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Gustavo Ferreira, de 20 anos, foi preso no Distrito Federal por engano, após um erro relacionado ao atraso no pagamento de pensão, apesar de não ter filhos.
O jovem passou um pouco mais de 24 horas na prisão, dividindo a cela com outros 22 detentos, até que o erro foi corrigido em uma audiência de custódia, na quarta-feira passada (29).
Embora Gustavo esteja aliviado por estar em liberdade, ele se sente indignado por ter sido preso injustamente.
“É bem chato não ter culpa de nada e ser levado. A pior parte foi o tempo que eu fiquei lá dentro [da prisão] sem ter culpa. Não desejo pra ninguém”, afirma o jovem.
O processo que culminou na prisão injusta do jovem brasiliense teve origem em São Paulo, em 2017, quando Gustavo tinha 12 anos. Segundo o texto, ele estaria devendo a pensão desde o ano anterior, ou seja, quando ele tinha 11 anos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi acionado para apurar possível fraude no caso.
DIA DA PRISÃO
Na tarde do dia 28 de janeiro, Gustavo Ferreira foi surpreendido por policiais em sua casa. Os agentes disseram que havia uma mandado de prisão em aberto contra ele, pelo não pagamento de pensão.
O jovem até tentou questionar, dizendo que não tinha filhos, mas, mesmo assim, foi levado à delegacia. Ele permaneceu preso até a audiência de custódia, no dia seguinte.
Jane Santana, que é mãe de Gustavo, não estava em casa no momento em que o filho foi preso e não recebeu nenhum comunicado da Justiça ou da Polícia Civil.
“Quem me avisou foi minha vizinha. Ela tentou me ligar, mas eu só vi as notificações quando cheguei em casa, por volta das 18h”, explicou.
Agora, a família de Gustavo pretende recorrer à Justiça contra o Estado devido à prisão indevida.
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