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Maria Cristina de Araújo Rocha, de 77 anos, detida na última quarta-feira (18) após ofender um agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em frente à casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divide com a irmã uma pensão militar de R$ 13.471,00.
O benefício é herança do pai, Virgílio da Silva Rocha, que se aposentou com a patente de coronel. Já que as irmãs nunca se casaram, elas continuam recebendo a pensão.
A idosa, de 77 anos, tentou deixar uma coroa de flores na calçada da residência de Lula, na zona oeste de São Paulo. A abordagem ocorreu porque o veículo de Maria Cristina estava decorado com adesivos ofensivos ao ministro Alexandre de Moraes.
Ao ser abordada, a idosa cometeu injúria racial contra um dos policiais, chamando-o de “macaco” e “gorila”. Após o confronto, ela foi levada para a Superintendência da Polícia Federal. A idosa afirmou representar a “movimentação da direita” e, apesar de confessar os xingamentos, ela negou ser racista.
“Eu não sou racista. Se eu fosse racista, você estaria ouvindo da minha boca agora que eu sou, eu ia assumir isso. Eu vou puxar meus amigos negros para falar que eu não sou”, afirmou em entrevista ao Metrópoles.
Maria Cristina alegou que decidiu improvisar a entrega da coroa de flores por se sentir incomodada com a presença do presidente na região. “Ele deveria estar na casa dele, em São Bernardo do Campo, e não aqui”, declarou. Em tom agressivo, disse ainda que “partiria para a porrada” caso encontrasse Lula na rua.
O caso ocorre em meio a um período delicado para Lula, que estava em São Paulo se recuperando de uma cirurgia de emergência para conter uma hemorragia cerebral.
Além das críticas ao presidente, Maria Cristina também é conhecida por ataques a Alexandre de Moraes. Ela revelou já ter ligado diversas vezes para o gabinete do ministro e afirmou que, se o encontrasse pessoalmente, “partiria para cima”.
Maria Cristina segue detida e deverá responder pelo crime de injúria racial.
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