Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Na última segunda-feira (9), o padre Fábio de Melo participou do programa Sem Censura, exibido pela TV Brasil, e revelou ter sido perseguido por uma fã durante cerca de seis anos.
A apresentadora Cissa Guimarães perguntou se o padre já havia vivenciado alguma história ‘engraçada’ com seus fãs. Foi então que ele contou sobre uma mulher que acreditava estar em um relacionamento amoroso com ele.
“Eu tenho uma [fã] que vai para a porta de casa, que diz que tem casamento marcado comigo”, explicou. “Ela jura de pé junto que eu a amo, que sou apaixonado por ela. Diz que eu sou fraco, que eu não sou capaz de assumir”.
Confira o vídeo a seguir:
O relato foi tratado de maneira descontraída por Cissa Guimarães, que comentou: “isso é maravilhoso”, como se fosse apenas uma história curiosa. O padre, por outro lado, corrigiu a apresentadora, afirmando que a experiência foi “terrível”, e foi necessária a ação da polícia.
“Ela jura que sou apaixonado por ela, mas que não tenho coragem de assumir nosso amor”, disse também. O religioso explicou que a perseguição ocorre por meio das redes sociais: “Ela arruma perfis [nas redes sociais], eu vou bloqueando. Agora está na polícia, não teve outro jeito”.
Em sua fala, Fábio de Melo refletiu sobre os desafios de ser uma figura pública e o impacto que sua posição pode ter nas pessoas. Ele destacou como o limite entre o espiritual e o afetivo é delicado, e alertou para os perigos da “loucura virtual”, enfatizando que a obsessão e o stalking são questões sérias que exigem atenção e respeito.
“Eu até entendo, porque como padre eu acabo atingindo as pessoas de uma maneira muito espiritual. E a transição do espiritual para o emocional, para o afetivo, é um limiar muito estreito”, ponderou.
Embora o programa tenha tratado o caso de forma descontraída, é essencial entender que o stalking é um crime sério, que pode ocorrer tanto de forma física quanto virtual, como no caso relatado pelo padre Fábio de Melo.
O artigo 147-A do Código Penal prevê penas de reclusão de seis meses a dois anos e multa, com possibilidade de aumento de até metade da pena caso o crime envolva vítimas como crianças, adolescentes, idosos, mulheres por razões de sexo, ou se for cometido por mais de uma pessoa ou com uso de arma.
O stalking causa danos físicos e psicológicos às vítimas e deve ser tratado com a seriedade que merece, com o objetivo de proteger a privacidade e a segurança de todos.
Comentários estão fechados.