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Um ou mais brasileiros sortudos iniciarão 2025 milionários: a Mega da Virada deste ano deverá pagar R$ 600 milhões para quem acertar as seis dezenas do sorteio. Será o maior prêmio de toda da história da modalidade, de acordo com a Caixa Econômica Federal.
As apostas podem ser feitas nas lotéricas ou no site e aplicativo da Caixa. O bilhete simples, com seis números marcados, custa R$ 5, e o sorteio será realizado no dia 31 de dezembro.
A premiação total aos ganhadores de todas as faixas pode superar R$ 1 bilhão. Diferente da Mega Sena convencional, o prêmio especial da Mega da Virada não acumula. Por isso, se ninguém acertar os seis números na faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores de cinco números e assim por diante.
O banco calcula que se um apostador ganhar todo o prêmio e aplicar na poupança receberá aproximadamente R$ 3,4 milhões no primeiro mês de rendimento. O dinheiro total do prêmio permite ao ganhador se hospedar por mais de dois anos no hotel mais caro do mundo, que cobra R$ 750 mil em cada diária. O ganhador do prêmio principal pode também comprar aproximadamente 1.430 carros superesportivos de 420 mil.
O SONHO DE SE TORNAR RICO
Segundo o professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, o sonho de se tornar milionário é comum e pode ser impulsionado por diversos fatores, como a busca por segurança financeira, liberdade, status e a capacidade de realizar sonhos e ajudar outras pessoas.
“A literatura econômica aborda o comportamento humano em relação à riqueza e aos incentivos econômicos, mas as motivações individuais para buscar a riqueza são complexas e variadas. Muitos acreditam que a riqueza lhes trará felicidade e realização pessoal. Saindo da economia, a psicologia sugere que pessoas que sonham em ser ricas podem apresentar certas características de personalidade”, explica o professor universitário.
De acordo com um estudo publicado no British Journal of Psychology, pessoas ricas tendem a ser estáveis, flexíveis, capazes de tomar decisões independentes e mais focadas em si mesmas do que nos outros. Além disso, as pessoas podem empobrecer em termos de caráter, espírito, saúde mental e intelecto ao tentar ser ricas gastando excessivamente. Portanto, as aspirações de riqueza podem estar relacionadas a traços de personalidade, atitudes em relação ao dinheiro e motivações individuais.
CHANCES DE GANHAR SÃO BAIXAS
O especialista alerta quanto às dicas para ganhar na loteria: é importante ressaltar que os jogos de azar são baseados na aleatoriedade e as chances reais de ganhar são geralmente muito baixas.
A probabilidade de ganhar na Mega Sena com um jogo normal de seis números é de apenas uma em cada 50.063.860.
Algumas estatísticas interessantes sobre a Mega-Sena incluem:
Os números mais sorteados são 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50 e 51, cada um com uma chance de ocorrer de 0,0000001%.
A maior diferença entre as frequências de cada dezena é de 85 (307-222).
Embora a probabilidade de ganhar na Mega-Sena seja muito pequena, algumas pessoas ainda tentam o fazer. Para aumentar suas chances, o apostador pode participar de bolões, que são grupos de pessoas que compartilham um conjunto de números e, assim, aumentam as chances de acertar pelo menos algumas das dezenas sorteadas. No entanto, é importante lembrar que, mesmo participando de bolões, as chances de ganhar ainda são muito baixas.
“Não há estratégias garantidas para vencer na loteria, e é fundamental jogar de forma responsável, estabelecendo um orçamento mínimo que não impacte o orçamento do apostador. Vale ressaltar a importância do jogo responsável e do uso consciente dos recursos obtidos por meio de loterias, bem como a necessidade de políticas e ações para prevenir e tratar possíveis impactos negativos do jogo excessivo na sociedade”, diz.
QUANDO SURGIRAM AS LOTERIAS?
A loteria tem uma longa história no Brasil e no mundo. É um jogo que envolve o sorteio de números aleatórios para um prêmio, e sua história remonta a 100 a.C. na Roma Antiga e a períodos anteriores na China. Além de ser uma forma popular de entretenimento e arrecadação de fundos para causas sociais, esportivas e culturais, as loterias também têm sido usadas ao longo da história para financiar diversas iniciativas, como a manutenção de cidades, guerras e construções.
No mundo, as primeiras loterias oficiais foram registradas em países como Alemanha, Itália, França e Inglaterra, durante o século XVI, sendo a França o primeiro país a promover as loterias em 1538. A loteria mais antiga em atividade é a Loteria de Natal da Espanha, conhecida como El Gordo, que começou em 1812.
No Brasil, a primeira loteria registrada foi realizada em 1784, em Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais, e o primeiro concurso ocorreu em 15 de setembro, no Rio de Janeiro, com um formato um pouco diferente do atual. Atualmente, no Brasil, existem 10 modalidades de loteria sorteadas semanalmente, incluindo a Mega Sena, Lotofácil, Quina, entre outras.
“As loterias desempenham um papel importante na economia brasileira, contribuindo significativamente para a arrecadação de recursos para áreas como seguridade social, educação, cultura e esporte”, adiciona El Khatib.
O especialista: Ahmed Sameer El Khatib é Doutor em Administração de Empresas e Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais, graduado em Ciências Contábeis; Pós-doutor em Contabilidade e Administração, e e graduando e doutorando em Psicologia Clínica. É professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Foi chefe geral do orçamento da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo entre os anos de 2016 e 2019.
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