Após idoso ser encontrado morto em rio, colega é preso por homicídio e por forjar afogamento

Segundo a investigação, o suspeito matou a vítima e jogou seu corpo no rio. No dia seguinte, ele pediu ajuda, dizendo que o amigo tinha se afogado.

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    Um homem de 69 anos é o principal suspeito de matar um colega, de 66, em uma chácara de Doutor Camargo (a cerca de 30 km de Maringá). A vítima, identificada como Sidinei Oliveira, foi encontrada morta no dia 29 de outubro, no Rio Ivaí, que passa pela propriedade.

    Inicialmente, a polícia acreditava que o homem tinha se afogado, mas exames constataram indícios de homicídio.

    Milton da Silva Vinhaes foi a última pessoa a ser vista com Sidinei. Na época, ele afirmou que tentou salvar o colega, mas que ele acabou se afogando. De acordo com informações do Plantão Maringá, Milton retornou à casa onde estava hospedado e só acionou o socorro na manhã seguinte.

    Durante a investigação, Milton passou a ser considerado suspeito e foi preso em 5 de dezembro. Segundo a polícia, ele teria matado a vítima com um objeto cortante e forjou o afogamento. Ele nega as acusações.

    Para o delegado Gustavo Mendes, a possível motivação do crime está relacionada a um conflito de interesses. Milton, que trabalhava como jardineiro na chácara há pouco tempo, queria morar no local, mas acreditava que Sidinei representava um obstáculo, já que era amigo do proprietário e vivia na propriedade de favor.

    Milton teria sugerido ao proprietário a ideia de morar no local enquanto cuidava da chácara, mas a presença de Sidinei teria sido vista como um impedimento.

    SOBRE O CRIME

    A investigação aponta que o homicídio foi cometido enquanto a vítima e o suspeito bebiam à beira do rio. Em depoimento, Milton relatou que ambos estavam armando uma vara de pesca.

    Imagens de câmeras de segurança da chácara mostram Milton voltando para a propriedade sem Sidinei. As gravações não foram divulgadas.

    “A vítima chamou o autor do crime para descerem na beira do rio e depois de 20 minutos, é possível ver que o idoso volta sozinho para a casa. Em outras imagens, ele aparece mexendo no celular de um lado para o outro. Depois ele desliga as luzes e vai dormir. Em nenhum momento é possível ver Sidinei retornando”, relatou o delegado ao G1.

    O homicídio aconteceu em 28 de outubro, e no dia seguinte, Milton foi até um condomínio próximo à chácara e pediu ajuda, alegando que o amigo tinha se afogado.

    O laudo necroscópico revelou que Sidnei morreu devido a uma hemorragia interna, causada por lesão provocada por um objeto cortante.

    “Nós suspeitamos da atitude do autor, por ele ter ficado na casa e não ter saído à procura de ajuda para tentar localizar ou para tentar tirar a vítima do rio. Isso causou uma certa estranheza, principalmente depois do resultado do laudo do IML, declarou o delegado.

    A investigação deve incluir a reconstituição do caso e o depoimento de novas testemunhas. O irmão de Sidnei e o proprietário da chácara já foram ouvidos.

    Milton, morador de Maringá, está preso na Cadeia Pública da cidade.

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