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A proporção de lares com telefone (celular ou fixo) supera a de domicílios com geladeiras entre pessoas consideradas pobres ou extremamente pobres no Brasil, segundo dados de 2023 divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (4). O estudo revelou que 97,1% da população pobre tem acesso a telefones, contra 96,5% que possuem geladeira. Entre os extremamente pobres, os números são 94,2% e 92,9%, respectivamente.
A pesquisa, apresentada na Síntese de Indicadores Sociais, destacou que a conectividade e o uso de telefones têm aumentado, frequentemente facilitados por doações. Segundo Bruno Perez, analista do IBGE, o celular se tornou essencial, muitas vezes utilizado por pessoas de baixa renda para buscar emprego ou trabalhar.
O acesso à internet também cresceu significativamente, especialmente entre os extremamente pobres, passando de 34,7% em 2016 para 81,8% em 2023. Apesar disso, os percentuais seguem inferiores aos da população geral (92,9%).
Além disso, a pesquisa comparou o acesso a outros bens, como motocicletas, carros, máquinas de lavar e computadores, reforçando as disparidades de acesso entre os estratos sociais.
Por fim, o estudo destacou a redução das taxas de pobreza e extrema pobreza no Brasil. Em 2023, 27,4% da população estava abaixo da linha de pobreza, frente a 31,6% em 2022, atingindo o menor índice desde 2012. A extrema pobreza também recuou, de 5,9% para 4,4% no mesmo período.
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