Pastor é preso após dopar, abusar e abandonar homem na rua; ele pode ter mais vítimas

Segundo a investigação, o pastor colocou um remédio na bebida do jovem, o levou para seu apartamento, onde o estuprou, e o deixou abandonado na rua.

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    O pastor de uma igreja evangélica, identificado como Jean Carlos Skiba, foi preso dois anos depois de ser denunciado por dopar e estuprar um jovem de 27 anos, em Ponta Grossa (a cerca de 310 km de Maringá).

    De acordo com informações da Polícia Civil e com a decisão judicial, o suspeito aplicou o golpe conhecido como “Boa noite Cinderela”, colocando um remédio contra insônia na bebida do rapaz. Em seguida, ele o levou para seu próprio apartamento, onde ocorreu o abuso.

    Após o crime, a vítima foi abandonada desacordada no meio da rua, sem roupas e sem o celular. A investigação apontou que o suspeito era um pastor de uma igreja evangélica da cidade.

    O caso foi denunciado e investigado em 2022. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa do pastor, a polícia encontrou o celular da vítima, a camisa usada no dia do crime e um frasco de medicamento que teria sido usado para dopar o jovem. Também foram apreendidos o celular do suspeito, que continha pesquisas sobre o uso do remédio para crimes sexuais – o que indica que o crime foi premeditado.

    Inicialmente, o pedido de prisão preventiva foi negado pela Justiça por “provas insuficientes”, e o pastor foi absolvido em primeira instância.

    “Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso, tendo o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná reformado a sentença de primeiro grau e condenado o investigado à pena de oito anos e três meses de prisão em regime fechado”, explica o delegado Derick Moura Jorge.

    O mandado de prisão foi expedido no dia 30 de outubro de 2024 e cumprido no dia 5 de novembro. O pastor está preso na Cadeia Pública de Ponta Grossa, condenado por estupro de vulnerável.

    Embora a condenação do pastor se refira a um caso específico, a polícia investiga se ele pode ter feito mais duas vítimas usando o mesmo método: colocando um medicamento que causa sonolência na bebida. Além disso, ele abordava pessoas desconhecidas e não contava seu nome verdadeiro.

    O delegado também acrescentou que o pastor é casado e cometeu o crime em um dia em que a esposa estava viajando.

    Até o momento da prisão, o pastor não possuía antecedentes criminais e continuava atuando como líder religioso.

    A Polícia Civil reforça o alerta para que as pessoas redobrem os cuidados em festas e eventos, evitando se afastar de suas bebidas e consumindo apenas itens de origem confiável.

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