Tempo estimado de leitura: 3 minutos
O técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos, foi preso nesta quarta-feira (30) após ser acusado de abusar sexualmente de pelo menos quatro pacientes na UPA do bairro Cidade Industrial de Curitiba. Com base nas informações divulgadas pela Banda B, Wesley relatou em depoimento à Polícia Civil que as vítimas estavam sedadas durante os abusos. A polícia investiga as circunstâncias em que ocorreram os crimes.
A denúncia contra Wesley foi feita na última sexta-feira (25) por um parceiro, que encontrou vídeos dos abusos em seu celular e os entregou às autoridades. A Polícia Civil iniciou uma investigação, resultando na prisão do suspeito e na apreensão de seu celular, onde mais gravações foram descobertas.
Abusos e Conscientização do HIV
Os delegados Aline Manzatto e Tiago Dantas, em coletiva à imprensa, revelaram que Wesley estava ciente de seu estado de portador do vírus HIV desde 2019 e não se preocupava com a possível transmissão do vírus às suas vítimas. Apesar de ter negado a intenção de contagiar alguém, o depoimento deixou claro que ele assumia o risco ao cometer os abusos sem proteção.
Aline Manzatto afirmou: “Ele sabia que tinha a possibilidade e não estava preocupado com isso. Cometeu os atos sem qualquer tipo de proteção.” Por conta disso, Wesley também poderá responder pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave.
Investigação em Andamento
As investigações continuam, com a Polícia Civil buscando identificar possíveis outras vítimas e analisar os vídeos que foram supostamente apagados. Wesley afirmou que as vítimas eram homens, mas a polícia está avaliando se mulheres também foram alvo de seus abusos.
Além das acusações de abuso sexual, a polícia encontrou medicamentos de uso exclusivo hospitalar em posse de Wesley, o que resultou em sua detenção por furto. Os medicamentos, com valores que podem ultrapassar R$ 10 mil, levantam suspeitas de que ele poderia estar vendendo essas substâncias.
Reação das Instituições
Após as denúncias, Wesley foi demitido tanto da UPA quanto do Hospital Pequeno Príncipe, onde também trabalhava. A secretária da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, destacou que Wesley nunca levantou suspeitas em seu desempenho profissional e que as ações foram tomadas assim que a equipe foi informada da situação.
A investigação continua em andamento, com as autoridades comprometidas em esclarecer todos os detalhes relacionados aos abusos e as circunstâncias que possibilitaram que Wesley agisse impunemente. As informações foram divulgadas pelo portal Banda B.
Comentários estão fechados.