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Na segunda-feira (28), a Itaipu Binacional participou do painel “Certificação em biodiversidade: uma solução global para alcançar a meta 15, com métricas para monitoramento de impactos positivos e negativos” na 16ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (COP16), em Cali, na Colômbia.
Nesse evento, a Itaipu apresentou a forma como a adoção da certificação LIFE contribui para alcançar a meta 15 do “Arcabouço Global Kunming-Montreal para a Biodiversidade (GBF)”. O GBF é o resultado de um acordo entre os países membros da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) durante a COP15, contemplando 4 objetivos e 23 metas, que devem ser atingidos até 2030.
No objetivo 3, “Ferramentas e soluções para implementação e integração”, está a meta 15: “Avaliação, divulgação e redução de impactos negativos relacionados à biodiversidade por parte das empresas”.
A bióloga da Divisão de Reservatório da Itaipu, Caroline Henn, conta que a empresa usa a certificação LIFE para avaliar de forma mais completa seus impactos na biodiversidade.
“Itaipu já vinha realizando avaliações e divulgação de seus impactos à biodiversidade através dos relatórios de sustentabilidade publicados anualmente pela empresa. Mas desde 2015, com a consolidação dos protocolos da certificação LIFE, nós pudemos dispor de uma ferramenta ainda mais completa para estimar não apenas os impactos negativos, mas também os impactos positivos. E a ferramenta permitiu finalmente responder a uma pergunta antiga: o quanto a Itaipu já contribuiu para a conservação da biodiversidade? Afinal, são cinco décadas de compromisso, investimento e esforço contínuos, desde o primeiro relatório de efeitos ecológicos do projeto e os inventários de espécies realizados antes da formação da barragem, nos anos 70; passando pela constituição dos Refúgios nos anos 80; e o reflorestamento, desenvolvimento de projetos com foco em espécies ameaçadas, educação ambiental e todas as parcerias que vêm sendo realizadas nos últimos anos – potencializadas pelo programa Itaipu Mais que Energia”, explicou Henn.
O protocolo LIFE calcula o impacto da empresa com base na área ocupada, geração de resíduos, emissão de gases de efeitos estufa, consumo de água e energia, e estima um desempenho mínimo que deve ser atingido em ações de conservação para compensar tais impactos.
“Esse protocolo demonstrou que Itaipu tem feito muito além do básico: o desempenho da empresa em ações de conservação é dez vezes superior ao mínimo necessário. Pudemos apresentar nossa experiência e demostrar o compromisso da empresa com a melhoria contínua através da adoção deste desempenho como uma das diretrizes táticas do plano operacional 2024-2028 da entidade, que orienta a formulação dos programas e ações do plano operacional” completou Henn.
Além da Itaipu, também participaram do Painel representantes da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), C-pack Embalagens e Grupo O Boticário.
COP16
Com a presença de quase 200 países, a COP16 se concentra nos compromissos e iniciativas das grandes empresas para acelerar o cumprimento das metas de conservação estabelecidas no Marco Global da Biodiversidade. Um dos focos principais é a Meta 15, que visa promover a responsabilidade das grandes empresas e instituições financeiras em relação à biodiversidade.
Coalizão LIFE
Lançada em dezembro de 2022 durante a COP15 da Biodiversidade em Montreal, no Canadá, a Coalizão LIFE de Negócios e Biodiversidade é formada por um grupo de empresas comprometidas em acelerar a inserção da biodiversidade nos negócios por meio de ações concretas e soluções transformadoras. Ao unir forças, as empresas podem acelerar a transição para um futuro mais sustentável.
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