Policial é acusado de lesão corporal e falsidade ideológica após agredir e arrastar mulher

Segundo o Ministério Público, o cabo Jader Aparecido Camilo também omitiu informações das agressões no boletim de ocorrência.

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    O cabo da Polícia Militar Jader Aparecido Camilo, virou véu por lesão corporal e falsidade ideológica após ter agredido uma mulher durante uma abordagem em Itambaracá (a cerca de 200 km de Maringá).

    O caso aconteceu no dia 24 de agosto deste ano. A vítima, de 28 anos, estava em um bar com amigos quando uma equipe policial chegou para atender uma ocorrência de perturbação de sossego.

    Em um vídeo gravado por uma testemunha, é possível ver o policial xingando e mandando as pessoas no bar abaixarem o volume do som. A mulher questiona se houve alguma reclamação sobre o barulho, e o policial responde que não, mas continua insistindo.

    A situação se intensifica quando a vítima reclama da atitude do policial, que então a agride com dois tapas e um chute. Em seguida, ele a arrasta pelas pernas, puxa seus cabelos e a joga na calçada.

    Veja o vídeo a seguir:

    Vídeo: Redes Sociais

    Segundo o Ministério Público, o policial não não citou no boletim de ocorrência as agressões e xingamentos contra a vítima, “tudo com o objetivo de alterar a verdade e, assim, facilitar a ocultação do crime”. Ele continua afastado do serviço de patrulhamento.

    A conduta de Jader foi alvo de investigação em um Inquérito Policial Militar (IPM), que concluiu que ele cometeu uma “transgressão disciplinar”. Além disso, ele já enfrenta outro processo por agressão, também contra uma mulher.

    A Promotoria apontou que o cabo Eduardo José Pereira, outro policial que atendeu à ocorrência, não tomou medidas para evitar que a mulher fosse agredida. Em resposta, o Ministério Público propôs um acordo no valor de R$ 1.980 para que o cabo não responda a uma ação judicial.

    A defesa de Pereira afirmou que a “acusação será rebatida na instrução processual, pois a investigação se baseou em um trecho de vídeo descontextualizado dos fatos”. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público nesta sexta-feira, 18.

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