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Seis pessoas que aguardavam transplante no Rio de Janeiro testaram positivo para HIV após receber órgãos contaminados de dois doadores. O caso, inédito no serviço de transplantes do estado, foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) e está sendo investigado em colaboração com o Ministério da Saúde, Ministério Público e Polícia Civil.
A SES-RJ informou que o erro ocorreu em dois exames realizados pelo PCS Lab Saleme, um laboratório privado contratado para realizar a sorologia dos órgãos doados. O laboratório, situado em Nova Iguaçu, foi interditado, e a SES-RJ formou uma comissão multidisciplinar para acompanhar os pacientes afetados e garantir a segurança dos transplantados.
Além disso, a SES-RJ anunciou que todos os exames de sangue armazenados de 286 doadores serão retestados pelo Hemorio, a unidade de saúde estadual. A primeira ação foi transferir todos os exames de sorologia dos doadores do PCS Lab Saleme para o Hemorio, começando em 13 de setembro.
As investigações revelaram que o laboratório não possuía kits adequados para a realização dos exames e não apresentou documentos que comprovassem a compra dos itens necessários, levantando suspeitas sobre a validade dos resultados. A 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde do MPRJ também instaurou um inquérito civil para investigar as irregularidades no programa de transplantes.
A SES-RJ considera o caso inadmissível e assegura que medidas rigorosas estão sendo tomadas para identificar e punir os responsáveis pela falha. A secretaria destaca que o serviço de transplantes no estado sempre foi reconhecido por sua excelência, tendo salvado mais de 16 mil vidas desde 2006. As informações foram divulgadas pelo G1.
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