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A cafeicultura no Paraná em 2024 manteve a mesma área cultivada do ano anterior, com 25 mil hectares, mas a produção registrou uma queda de 8%, totalizando 40,2 mil toneladas, em comparação às 43,9 mil toneladas de 2023. No entanto, devido à valorização dos preços pagos aos produtores, que em setembro alcançaram uma média de R$ 1.247,17 por saca, os rendimentos têm sido satisfatórios, superando em 73% os valores do ano passado.
Essas informações estão detalhadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que também aborda a situação da soja, batata, preços de suínos e bovinos, além das exportações de frango e peru.
Os dados mostram que, com a alta nos preços, os produtores comercializaram 41% das 670,6 mil sacas produzidas, um avanço significativo em relação aos 13% do ciclo anterior. O Valor Bruto de Produção (VBP) do café para 2024 está projetado para ultrapassar R$ 750 milhões, um aumento de 33% em relação aos R$ 562,8 milhões de 2023.
Apesar dessa valorização momentânea, o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral, observa que a longo prazo, a cafeicultura enfrenta desafios, como a sucessão familiar, a escassez de mão de obra e a concorrência com a produção de grãos. Ele também destaca as dificuldades climáticas enfrentadas na última década, que impactaram significativamente a área plantada.
Além do café, o boletim indica que a colheita da batata da segunda safra está em fase final, com uma produção estimada de 289 mil toneladas, abaixo das 322,5 mil toneladas inicialmente previstas devido a condições climáticas adversas. No que diz respeito à soja, o Brasil deve responder por 40% da produção mundial, com o Paraná contribuindo com mais de 22 milhões de toneladas, resultado de uma área recorde de 5,8 milhões de hectares.
Agência Estadual de Notícias
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